São Paulo, quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Já em casa, Iolanda chora pelo filho

DA REPORTAGEM LOCAL

A ex-bóia-fria Iolanda Figueiral afirma que sentiu um alívio quando soube da sua libertação. Mas, de acordo com ela, esse sentimento foi substituído pela tristeza ao descobrir que a decisão não beneficiaria seu filho.
"Eu chorava muito, mas era pelo meu filho, que também é inocente", afirmou ela. O Tribunal de Justiça negou o pedido de liberdade de seu filho caçula, Carlos Roberto de Almeida, 40, também condenado a quatro anos por tráfico de drogas.

 

Folha - Quando a senhora soube que seria libertada?
Iolanda Figueiral -
A dor tinha começado e eu tinha acabado de me deitar. Uma funcionária do presídio me acordou e disse que tinha uma novidade para mim, mas não disse o que era. Me levou para a sala da assistente social e me disseram que eu estava livre e que era só colocar o meu dedão naquele papel [Iolanda é analfabeta] que minha família poderia vir me buscar.

Folha - E como a senhora reagiu à notícia?
Figueiral -
Fiquei aliviada na hora. Perguntei do meu filho e disseram que ele não seria solto. Comecei a chorar, mas era por ele. Ele tem diabetes. Está deprimido. Ele também não deve nada. Está preso inocente e isso não dá para aceitar, não.

Folha - O que senhora mais quer agora?
Figueiral -
Quero tratar isso [aponta para a bolsa de colostomia] e ter o meu filho de volta.


Texto Anterior: Outros olhos: Lei de Crimes Hediondos divide especialistas
Próximo Texto: Contra
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.