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Gafisa diz que buscou orientação com a prefeitura
DA REPORTAGEM LOCAL
A Gafisa informou ontem,
por meio de nota, que não fechou acordo com a Prefeitura
de São Paulo para que esta intermediasse a saída dos moradores de uma favela vizinha a
um de seus empreendimentos
na zona sul de São Paulo.
No texto, a empresa informa
que procurou a administração
para ser orientada sobre a "melhor forma" para estabelecer
uma relação direta com os moradores da comunidade Campo
Grande/Jurubatuba.
"É de interesse da Gafisa a
desocupação de uma via pública ocupada ilegalmente pelo fato de a ocupação estar localizada próximo a um de seus empreendimentos. E paralelamente há o interesse de, com a
atitude, beneficiar também a
comunidade local", diz a nota.
"Para isso é necessário falar
com o dono do terreno, ou seja,
com a subprefeitura de Santo
Amaro, de modo a consultá-la
sobre a melhor forma de se estabelecer uma relação direta
entre a empresa e o morador
que se dispuser a receber a ajuda. A companhia reafirma que
os contatos que estabelece com
organismos públicos se dão
dentro de um estrito procedimento profissional e legal",
conclui a nota.
Anteontem, porém, a assessoria de imprensa da construtora havia informado que o
acordo foi fechado, após ser
procurada pelo município.
O objetivo, segundo ela, era
"oferecer uma melhor qualidade de vida aos moradores da região". Ontem, a empresa informou: "A Gafisa nunca indenizou moradores próximos a seus
empreendimentos com auxílio
do poder público".
Subprefeito
O subprefeito de Santo Amaro, Geraldo Mantovani Filho,
não foi localizado ontem para
comentar a exoneração de seus
funcionários. Ele foi procurado
em seu gabinete, pelo seu celular e por intermédio de sua assessoria de imprensa.
Anteontem, ele afirmou desconhecer a "parceria" entre a
subprefeitura e a Gafisa e disse
que havia proibido negociações
nesse sentido.
O assessor especial Antonio
Carlos Bernardi e o chefe de fiscalização Jorge Tadeu Guimarães, ambos exonerados, também não foram localizados e
não responderam aos recados
deixados nos celulares.
Anteontem, Bernardi -que
foi indicado para falar em nome
da subprefeitura- confirmou a
"parceria" com a Gafisa.
Alegava que era uma forma
encontrada pelo município para indenizar famílias que não
estão em áreas de risco -se estivessem, seriam candidatas a
receber um auxílio de R$ 5.000.
"Eles estão numa área que
não é deles, é do município.
Mais dia ou menos dia ele teriam de sair de lá. Agora, se eles
conseguirem, dentro de uma
parceria, um valor desses, acho
que não é se jogar fora. Não é só
a Gafisa [que vai ser beneficiada]. Ali tem uma série de empreendimentos. Não só para alguns particulares, mas para a
cidade porque ali acaba sendo
uma nova alternativa de rota de
trânsito."
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