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Carros vão cruzar a reserva em duas rotas
Dois trajetos no parque de Jurubatiba já foram traçados
Além dos percursos motorizados, haverá passeio por trilhas e pela hidrovia, mas ainda não há data para início das visitas
DO ENVIADO A QUISSAMÃ (RJ)
Dois trajetos para passeios
motorizados no Parque Nacional de Jurubatiba já foram traçados pelo Instituto Chico
Mendes, que também escolheu
três trilhas para caminhadas
pelas praias e lagoas da reserva.
Outro roteiro de visitas passa
pelo canal Macaé-Campos, que
tem 30 de seus 106 km dentro
do parque. Aberto pelos escravos no século 19 -de 1844 a
1871- para escoar a produção
canavieira do norte fluminense, o canal é navegável em parte
de seu curso.
O instituto prepara licitação
para contratar a empresa que
vai explorar o passeio pela hidrovia. A capacidade dos barcos
deverá ser para dez pessoas.
Em extensão, o canal artificial é maior do que o do Panamá (ligação entre os oceanos
Atlântico e Pacífico, na América Central), que mede 72 km.
Só perde para o de Suez (entre
os mares Mediterrâneo e Vermelho), com 163 km.
Também haverá licitação para a escolha da firma dona dos
carros (buggies e jipes) que explorarão as rotas do ecoturismo. Embora o parque esteja
aberto desde ontem, o Chico
Mendes informa que os passeios só serão autorizados
quando houver estrutura para
receber os visitantes.
"Acredito que em cinco anos
o parque será um modelo de
gestão", disse à Folha o biólogo
Marcos Cezar dos Santos, 33,
analista ambiental do instituto,
em Jurubatiba desde 2002,
quando ingressou no Ibama
(Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Visitas
De acordo com Santos, com a
chegada de mais um fiscal em
janeiro, já será possível receber
os visitantes. "Nossa preocupação é preservar o parque. Se
não for seguro, as visitas não serão autorizadas."
A fim de estimular o ecoturismo, o secretário de Desenvolvimento Econômico de
Quissamã, Haroldo Carneiro,
disse que a prefeitura planeja,
em quatro anos, investir R$ 2
milhões no parque. Por mês, a
cidade recebe R$ 6 milhões em
royalties do petróleo.
"Construiremos uma torre
de observação de 18 m, uma sede e um monumento em homenagem à baleia que apareceu
morta há dois anos. Na lagoa
Preta, haverá uma tirolesa de 8
m de altura e 200 m de cumprimento."
(ST)
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