São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2008

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Carros vão cruzar a reserva em duas rotas

Dois trajetos no parque de Jurubatiba já foram traçados

Além dos percursos motorizados, haverá passeio por trilhas e pela hidrovia, mas ainda não há data para início das visitas


DO ENVIADO A QUISSAMÃ (RJ)

Dois trajetos para passeios motorizados no Parque Nacional de Jurubatiba já foram traçados pelo Instituto Chico Mendes, que também escolheu três trilhas para caminhadas pelas praias e lagoas da reserva.
Outro roteiro de visitas passa pelo canal Macaé-Campos, que tem 30 de seus 106 km dentro do parque. Aberto pelos escravos no século 19 -de 1844 a 1871- para escoar a produção canavieira do norte fluminense, o canal é navegável em parte de seu curso.
O instituto prepara licitação para contratar a empresa que vai explorar o passeio pela hidrovia. A capacidade dos barcos deverá ser para dez pessoas.
Em extensão, o canal artificial é maior do que o do Panamá (ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico, na América Central), que mede 72 km. Só perde para o de Suez (entre os mares Mediterrâneo e Vermelho), com 163 km.
Também haverá licitação para a escolha da firma dona dos carros (buggies e jipes) que explorarão as rotas do ecoturismo. Embora o parque esteja aberto desde ontem, o Chico Mendes informa que os passeios só serão autorizados quando houver estrutura para receber os visitantes.
"Acredito que em cinco anos o parque será um modelo de gestão", disse à Folha o biólogo Marcos Cezar dos Santos, 33, analista ambiental do instituto, em Jurubatiba desde 2002, quando ingressou no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Visitas
De acordo com Santos, com a chegada de mais um fiscal em janeiro, já será possível receber os visitantes. "Nossa preocupação é preservar o parque. Se não for seguro, as visitas não serão autorizadas."
A fim de estimular o ecoturismo, o secretário de Desenvolvimento Econômico de Quissamã, Haroldo Carneiro, disse que a prefeitura planeja, em quatro anos, investir R$ 2 milhões no parque. Por mês, a cidade recebe R$ 6 milhões em royalties do petróleo.
"Construiremos uma torre de observação de 18 m, uma sede e um monumento em homenagem à baleia que apareceu morta há dois anos. Na lagoa Preta, haverá uma tirolesa de 8 m de altura e 200 m de cumprimento." (ST)


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