São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

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Tráfico fecha comércio e leva pânico a moradores de Macaé

Cidade teve 5 ônibus incendiados nos últimos dias

TAI NALON
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Um grupo de motociclistas armados obrigou comerciantes do centro de Macaé (a 188 km do Rio) a fechar as portas na tarde de ontem. Segundo a polícia, a determinação, que levou pânico aos moradores da cidade, faz parte de uma série de represálias às ações contra o tráfico realizadas em favelas.
Na noite de terça, três ônibus foram queimados nos bairros de Aroeira e Malvina e na comunidade do morro do Santana. Mais tarde, durante a madrugada de ontem, homens atearam fogo em pneus e colchões na entrada da favela Nova Holanda para impedir uma operação policial. Na segunda, traficantes já haviam incendiado dois ônibus na região.
Segundo uma moradora que não se identificou, a cidade vive um período de caos, com boatos de mortes violentas.
A Folha apurou que os ônibus municipais deixaram de circular às 16h de ontem, o que não foi confirmado pelas empresas de transporte.
O comandante-geral da PM, coronel Gilson Pitta, atribuiu a violência no confronto à presença do traficante Rogério Rios Mosqueira, que tem família em Macaé. Conhecido como Roupinol, Mosqueira é um dos chefes do tráfico no morro da Mineira (centro do Rio) e faz parte da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos).
"Temos informações de que traficantes estão se deslocando para a Região dos Lagos e Macaé porque há uma demanda maior no mercado de drogas nessa região", diz o comandante-geral. Segundo ele, um reforço com cerca de cem policiais será enviado à cidade, que é sede da Petrobras para operações na bacia de Campos.


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