São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Em dez anos, triplicam no país colisões entre aeronaves e pássaros

Em 2010, foram registrados 964 incidentes desse tipo; em 2000, eram 310 ocorrências

DE BRASÍLIA

Nos últimos dez anos, triplicou o número de colisões entre aeronaves e pássaros registradas no Brasil.
Em 2010, segundo dados preliminares do Cenipa (Centro de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos), houve 964 incidentes entre aeronaves e pássaros.
Em 2000, foram registrados 310 incidentes do tipo.
O Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), teve o maior número de incidentes: foram 54 colisões no total. Em 2009, o campeão foi o Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio, com 93.
"É um número alto, mas também é preciso considerar que a quantidade de voos vem aumentando no Brasil. Logicamente que as chances de colisão também aumentam", afirma Ronaldo Jenkins, diretor técnico do Snea (Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias).
A maioria dos incidentes ocorre durante o pouso ou a decolagem dos aviões.
Especialistas alertam para a importância do cumprimento da resolução que restringe a ocupação nas áreas no entorno dos aeroportos.
Segundo Adyr da Silva, ex-presidente da Infraero e professor do Centro de Formação em Transportes e Recursos Humanos da UnB (Universidade de Brasília), o problema reflete o descumprimento das políticas públicas.
"Se as autoridades urbanas tomassem conta de cumprir a legislação, esse número seria bem pequeno. É inacreditável o estrago que um pássaro pode fazer num avião", afirma Silva.

QUERO-QUERO
Um dos casos mais notórios de colisão entre aeronaves e pássaros ocorreu há dois anos nos Estados Unidos, quando o piloto precisou fazer um pouso forçado no Rio Hudson, em Nova York, pouco depois da decolagem. "Os pássaros entupiram a entrada de ar do motor, e ele ficou sem potência", lembra o professor da UnB.
No Brasil, o quero-quero é o pássaro com maior registro de incidentes, seguido por urubus. (FLÁVIA FOREQUE)


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