São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Avós brasileiros não poderão visitar Sean

Na decisão em que negou as visitas, juiz dos EUA diz que casal recusou condições impostas pelo pai do menino

Desde a volta de Sean para os EUA, no fim de 2009, os avós lutam na Justiça americana pelo direito de rever o garoto


CRISTINA GRILLO
DO RIO

A Suprema Corte de New Jersey, nos Estados Unidos, negou à brasileira Silvana Bianchi e ao marido, Raimundo Ribeiro Filho, permissão para visitarem o neto, Sean Goldman, 10.
O menino foi levado para os EUA pelo pai, o norte-americano David Goldman, no Natal de 2009, após uma intensa batalha na Justiça brasileira. Depois disso, os avós não viram mais o neto.
Desde a volta de Sean para os EUA, Silvana e Raimundo lutam na Justiça do país para que possam visitar o garoto, filho de Bruna Bianchi, que morreu no parto do segundo filho, em agosto de 2008.
Casada com o americano David desde 2000, Bruna veio passar férias no Brasil em junho de 2004. Dias depois, ligou para o então marido e avisou que o casamento havia terminado e que não voltaria mais para os EUA.
A disputa judicial pela guarda do menino começou aí. Com a morte de Bruna, os avós assumiram a questão.
Na última quinta, o juiz Michael Guadagno, de New Jersey, negou o pedido do casal brasileiro. Na sentença, diz que o pai de Sean concordara com a visitação "sob certas condições", não aceitas pelos avós.
Em razão disso, afirma Guadagno, o pedido de visitação feito pelos avós foi negado. Ainda cabe recurso.

CONDIÇÕES
Na sentença, o juiz afirma que em janeiro de 2010 o advogado de David Goldman apresentou as condições para que os avós brasileiros pudessem visitar Sean.
A primeira condição era que o casal desistisse das ações que tramitam na Justiça brasileira -o caso ainda corre no STF (Supremo Tribunal Federal).
O pai pedia ainda que o casal se abstivesse de qualquer manifestação pública sobre as decisões da corte norte-americana, que a duração das visitas fosse determinada pelo psicólogo de Sean e que todas as comunicações entre o menino e os avós ficassem em sigilo.
O advogado de Silvana e Raimundo no Brasil, Sergio Tostes, afirmou que a decisão do juiz norte-americano é "muito violenta".


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