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VIAGEM À CHINA
DA REPORTAGEM LOCAL
A lista de notáveis que caíram
de amores por Danuza inclui o revolucionário Mao Tsé Tung? Ao
responder à pergunta, ela sorriu e
desconversou, mas lembrou de
uma anedota da viagem que fez à
China, aos 26 anos, a convite do líder comunista.
Era 1959 quando a primeira modelo brasileira a brilhar em passarelas estrangeiras aterrissou no
Oriente, na companhia do então
marido, o jornalista Samuel Wainer. Os cabelos longos, que nessa
época se estendiam até o meio das
costas, demandavam cuidados
diários. A vaidade pessoal, no entanto, foi eclipsada pelo fascínio
que despertava nela o ideal comunista erguido como bandeira da
Revolução Chinesa.
No gigante oriental, o casal passeou durante um mês, período
em que as madeixas de Danuza
foram tratadas a "sabão de tanque
antigo", como diz a própria. Mas
o contratempo estético não dava
sinais de arrefecer o fervor "vermelho". "Saí de lá querendo me
dedicar ao regime de Mao."
Entretanto, o entusiasmo esquerdista murchou quando ela
pôs os pés na capitalista Hong
Kong e, na lojinha de conveniências do hotel, se reencontrou com
os frascos de shampoo e condicionador. A lavagem capilar à moda
"guerrilheira" terminou aí, assim
como o ímpeto comunista. "Não
quis mais saber da China."
Hoje, Danuza afirmou preferir o
eixo Paris-Veneza-Marrakesh. Na
capital francesa, ela viveu o episódio amoroso que encerra a autobiografia lançada no ano passado.
"Nenhum homem me paquera no
Brasil. Só por e-mail", reclamou.
Sobre o Rio de Janeiro, lugar
que escolheu para viver, a capixaba de Itaguaçu foi efusiva. "Ainda
me extasio com a beleza daquela
cidade."
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