São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

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VIAGEM À CHINA

DA REPORTAGEM LOCAL

A lista de notáveis que caíram de amores por Danuza inclui o revolucionário Mao Tsé Tung? Ao responder à pergunta, ela sorriu e desconversou, mas lembrou de uma anedota da viagem que fez à China, aos 26 anos, a convite do líder comunista.
Era 1959 quando a primeira modelo brasileira a brilhar em passarelas estrangeiras aterrissou no Oriente, na companhia do então marido, o jornalista Samuel Wainer. Os cabelos longos, que nessa época se estendiam até o meio das costas, demandavam cuidados diários. A vaidade pessoal, no entanto, foi eclipsada pelo fascínio que despertava nela o ideal comunista erguido como bandeira da Revolução Chinesa.
No gigante oriental, o casal passeou durante um mês, período em que as madeixas de Danuza foram tratadas a "sabão de tanque antigo", como diz a própria. Mas o contratempo estético não dava sinais de arrefecer o fervor "vermelho". "Saí de lá querendo me dedicar ao regime de Mao."
Entretanto, o entusiasmo esquerdista murchou quando ela pôs os pés na capitalista Hong Kong e, na lojinha de conveniências do hotel, se reencontrou com os frascos de shampoo e condicionador. A lavagem capilar à moda "guerrilheira" terminou aí, assim como o ímpeto comunista. "Não quis mais saber da China."
Hoje, Danuza afirmou preferir o eixo Paris-Veneza-Marrakesh. Na capital francesa, ela viveu o episódio amoroso que encerra a autobiografia lançada no ano passado. "Nenhum homem me paquera no Brasil. Só por e-mail", reclamou.
Sobre o Rio de Janeiro, lugar que escolheu para viver, a capixaba de Itaguaçu foi efusiva. "Ainda me extasio com a beleza daquela cidade."


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