São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

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A DITADURA DA MAGREZA

DA REPORTAGEM LOCAL

Tida como sinônimo de requinte e bom gosto, Danuza Leão afirmou não saber como avaliar as tendências que regem a montagem dos guarda-roupas contemporâneos. "Não estou entendendo muito bem a moda atual. Tudo é moda! Hoje eu não sei o que é ser chique."
Indagada a respeito da "ditadura da beleza" que incide principalmente sobre o público feminino, a jornalista apontou o imperativo da magreza como bandeira maior do totalitarismo estético. À platéia, confidenciou integrar o grupo de mulheres que vivem sob o signo da balança e disse ter feito dieta a vida toda.
A preocupação com o peso continua a ditar a sua rotina. "Estou de regime há 14 dias, sem comer carboidrato nem fruta. Só como peixe, galinha e carne." E exagerou. "Talvez não coma pão nunca mais na vida."
Quando uma participante quis saber se a jornalista concordava com a idéia de que a cirurgia plástica é a manifestação atual da ditadura da beleza, Danuza consetiu, mas ressalvou. "Cirurgia que se faz e em uma semana já está bem é melhor do que 30 anos de pé enfaixado", disse, referindo-se ao processo pelo qual os pés de mulheres orientais eram amarrados com faixas que impediam seu crescimento natural.
Danuza contou que se veste atualmente da forma "mais simples possível": "Uso jeans e alguma coisa por cima, uma camiseta. Hoje, estou fazendo o gênero Mick Jagger, de camisetinha".
Roupas que trazem logotipos de estilistas ou marcas, ela disse ter "passado todas para frente". "Não estou aqui para fazer propaganda de ninguém."


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