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A DITADURA DA MAGREZA
DA REPORTAGEM LOCAL
Tida como sinônimo de requinte e bom gosto, Danuza Leão afirmou não saber como avaliar as
tendências que regem a montagem dos guarda-roupas contemporâneos. "Não estou entendendo muito bem a moda atual. Tudo
é moda! Hoje eu não sei o que é
ser chique."
Indagada a respeito da "ditadura da beleza" que incide principalmente sobre o público feminino, a
jornalista apontou o imperativo
da magreza como bandeira maior
do totalitarismo estético. À platéia, confidenciou integrar o grupo de mulheres que vivem sob o
signo da balança e disse ter feito
dieta a vida toda.
A preocupação com o peso continua a ditar a sua rotina. "Estou
de regime há 14 dias, sem comer
carboidrato nem fruta. Só como
peixe, galinha e carne." E exagerou. "Talvez não coma pão nunca
mais na vida."
Quando uma participante quis
saber se a jornalista concordava
com a idéia de que a cirurgia plástica é a manifestação atual da ditadura da beleza, Danuza consetiu,
mas ressalvou. "Cirurgia que se
faz e em uma semana já está bem
é melhor do que 30 anos de pé enfaixado", disse, referindo-se ao
processo pelo qual os pés de mulheres orientais eram amarrados
com faixas que impediam seu
crescimento natural.
Danuza contou que se veste
atualmente da forma "mais simples possível": "Uso jeans e alguma coisa por cima, uma camiseta.
Hoje, estou fazendo o gênero
Mick Jagger, de camisetinha".
Roupas que trazem logotipos de
estilistas ou marcas, ela disse ter
"passado todas para frente". "Não
estou aqui para fazer propaganda
de ninguém."
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