|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MARIDOS E FAMÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Três maridos no currículo (os
jornalistas Samuel Wainer, Antonio Maria e Renato Machado),
Danuza reconheceu que "toda
mulher quer se casar", mas deu a
entender que a cota dela já foi suficiente. "Hoje, não quero mais ter
de dividir o controle remoto. Não
quero negociar nada, quero fazer
só o que quero."
Mas amoleceu o discurso logo
depois. "Eu tenho vontade, às vezes, aos sábados, de ter um ombro, um homem que concorde
com tudo e não tenha muita personalidade."
O primeiro matrimônio, com
Wainer, garantia a Danuza acesso
privilegiado aos bastidores do poder. "Ele chegava em casa contando tudo o que tinha acontecido na
República." Mas as aspirações dela iam além do posto de ouvinte
do noticiário político. "Com 25
anos, não estava muito interessada nisso. Queria um homem apaixonado, que me escrevesse cartas
de amor."
A carência a jogou nos braços
de Antonio Maria, mas ela se arrepende de ter deixado o fundador
do jornal "Última Hora". "Não fiz
as coisas que queria e devia. A paixão existiu, mas eu não poderia
ter me deixado pressionar."
Apesar de amar filhos, netos e
bisnetos, Danuza disse ficar mais
contente quando eles a visitam
em grupos pequenos. "Prefiro ver
um ou dois por vez. Quando junta
todo mundo, rola estresse."
A relação com as crianças também costuma ser fonte de apreensão para a jornalista. "Eu tenho
pavor de criança pequena, não tenho assunto com ela." E, em tom
de brincadeira, radicalizou. "[Relação com a] criança, só quando
consegue dialogar. Antes disso,
tem colégio interno na Suíça."
Texto Anterior: JK e a namorada Próximo Texto: A ditadura da magreza Índice
|