São Paulo, quarta-feira, 22 de março de 2006

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MARIDOS E FAMÍLIA

DA REPORTAGEM LOCAL

Três maridos no currículo (os jornalistas Samuel Wainer, Antonio Maria e Renato Machado), Danuza reconheceu que "toda mulher quer se casar", mas deu a entender que a cota dela já foi suficiente. "Hoje, não quero mais ter de dividir o controle remoto. Não quero negociar nada, quero fazer só o que quero."
Mas amoleceu o discurso logo depois. "Eu tenho vontade, às vezes, aos sábados, de ter um ombro, um homem que concorde com tudo e não tenha muita personalidade."
O primeiro matrimônio, com Wainer, garantia a Danuza acesso privilegiado aos bastidores do poder. "Ele chegava em casa contando tudo o que tinha acontecido na República." Mas as aspirações dela iam além do posto de ouvinte do noticiário político. "Com 25 anos, não estava muito interessada nisso. Queria um homem apaixonado, que me escrevesse cartas de amor."
A carência a jogou nos braços de Antonio Maria, mas ela se arrepende de ter deixado o fundador do jornal "Última Hora". "Não fiz as coisas que queria e devia. A paixão existiu, mas eu não poderia ter me deixado pressionar."
Apesar de amar filhos, netos e bisnetos, Danuza disse ficar mais contente quando eles a visitam em grupos pequenos. "Prefiro ver um ou dois por vez. Quando junta todo mundo, rola estresse."
A relação com as crianças também costuma ser fonte de apreensão para a jornalista. "Eu tenho pavor de criança pequena, não tenho assunto com ela." E, em tom de brincadeira, radicalizou. "[Relação com a] criança, só quando consegue dialogar. Antes disso, tem colégio interno na Suíça."


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