São Paulo, domingo, 22 de abril de 2007

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Outdoor ‘migra’ para interior e litoral de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Outdoors e painéis proibidos em São Paulo estão "migrando" para cidades do interior, do litoral e da região metropolitana.
Poucas empresas falam abertamente, mas as placas que na capital se tornaram ilegais e teriam como destino os ferros-velhos estão sendo instaladas em outros locais onde a atividade é permitida, inclusive nas estradas.
Estima-se que São Paulo tivesse cerca de 8.000 outdoors e painéis publicitários até o ano passado. Desde o início da lei que restringe a propaganda na cidade, em 1º de janeiro, cerca de 60% dessas placas já foram retiradas.
Cada placa de outdoor chega a custar R$ 5.000. Um backlight _painel iluminado_ pode custar até R$ 30 mil. São valores muito altos para as empresas jogarem material fora.
Porém, o assunto "migração" é tabu entre as empresas porque parte das placas é clandestina também nas outras cidades. O processo de credenciamento normalmente é burocrático. Além disso, cidades da Grande São Paulo, com medo da "invasão", criaram restrições.
É o caso de Osasco, que proibiu em janeiro a instalação de novos outdoors. Em Guarulhos, a atividade também foi regulamentada. Santo André e Diadema preparam novas leis.
Nas estradas, a publicidade exterior também vem crescendo. A Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo) informou que há hoje 200 painéis nas rodovias concessionadas do Estado.
Nos últimos meses, porém, cresceu o número de painéis instalados, mesmo sem autorização, em rodovias que cortam a capital. A AutoBAn, que administra Bandeirantes e Anhangüera, informou que houve pequeno aumento na procura por informações sobre a regularização painéis, mas não soube estimar quantos.
Laerte Monetti, da LCM Mídia, é um dos poucos que confirmam a migração. Segundo ele, sua empresa só se instala em cidades onde a atividade é regulamentada. Monetti disse que os cerca de 500 outdoors que tinha em São Paulo estão indo para cidades da região Sul, para cidades próximas a São Paulo, como Jundiaí, e para o litoral, além de estradas. (EVANDRO SPINELLI)



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