São Paulo, sexta-feira, 22 de abril de 2011

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Bombeiros têm 17 salva-vidas para 33 praias na cidade durante feriado

Em 3 praias, não haverá nem sequer profissionais particulares

VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO

Destino dos mais procurados do litoral paulista, São Sebastião tem ao menos três praias sem salva-vidas do Corpo de Bombeiros ou particular neste feriado -Jureia, Boiçucanga e Barra do Una.
Os bombeiros têm 17 salva-vidas para monitorar 33 praias e 107 km de orla.
A prefeitura estima receber 140 mil turistas até domingo. O Réveillon, em comparação, atraiu 500 mil.
Com o pequeno efetivo dos bombeiros, associações de moradores e veranistas contratam salva-vidas para suprir a demanda. Jureia, Boiçucanga e Barra do Una, no entanto, não conseguiram fazê-lo a tempo.
Em Juqueí, três salva-vidas trabalham bancados pela associação de moradores.
Segundo Aloysio de Camargo Filho, presidente da Samju, na temporada a prefeitura e a Petrobras colocam dois salva-vidas cada uma. Mas, quando o período de férias acaba, deixam o local.
Em fevereiro, a Folha viu dois afogamentos em Juqueí. Não havia salva-vidas no horário, meio-dia, e os homens foram retirados da água por surfistas. Um deles morreu.

TEMPORADA
Neste feriado, haverá 295 salva-vidas no litoral. Na alta temporada, são 1.200.
Depois, restam os efetivos do Corpo de Bombeiros, 600 homens que trabalham em escala. Com isso, algumas praias ficam descobertas.
A contratação de salva-vidas por entidades é comum, afirma o major Carlos Eduardo Smicelato, responsável pelos salvamentos do litoral. Esse pessoal faz o curso da corporação, disse.
Enquanto a Baixada Santista e litoral sul têm, respectivamente, neste feriado, 102 e 112 homens, apenas 58 estarão no litoral norte.
Segundo Smicelato, os homens são alocados de acordo com três fatores: condições do mar, número de pessoas e conhecimento que os banhistas têm da praia.
O major diz que, embora haja praias sem salva-vidas, o efetivo equivale à demanda. Com o aumento da população, ele tenta ampliar o número de bombeiros e dos contratados por prefeituras.
De acordo com normas internacionais, as praias devem ter um salva-vidas a cada 1.000 m pelo menos.
O litoral paulista tem 427 km de praias. Em 2010, 123 pessoas morreram afogadas, 25% a mais que em 2009.


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