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Medida reforça proposta da Anvisa sobre publicidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dos objetivos do decreto
do Lula é fortalecer a proposta
da Anvisa de restringir as campanhas publicitárias de bebidas
-medida que já foi contestada
por entidades de propaganda e
mídia no início deste mês.
Essas entidades, lideradas
pelo Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária),
cogitam recorrer à Justiça contra as restrições à propaganda.
Elas julgam ser suficientes as
advertências impressas nos rótulos de bebidas, como "beba
com moderação".
Dizia a nota publicada em
jornais e revistas que "a propósito de manifestações de autoridades do Executivo Federal
reconhecendo à Anvisa a competência para legislar sobre publicidade", elas esclarecem que
a "Constituição federal determina, expressamente, que
compete privativamente à
União legislar sobre propaganda comercial".
A indústria de cervejas fatura
mais de R$ 20 bilhões por ano e
gastou em publicidade, em
2006, mais de R$ 700 milhões.
A lei que trata de propaganda
de bebidas desde 1996 só fala
daquelas que têm mais do que
13 graus Gay Lussac (percentagem de álcool). A última versão
do regulamento da Anvisa já
adota o novo conceito de bebida alcoólica -acima de 0,5
grau- a ser referendado por
decreto do presidente Lula.
Antecipado pela Folha em
abril, o regulamento proíbe a
veiculação de propaganda de
bebidas no rádio e na TV das 8h
às 21h. Em jornais, revistas e
internet, terá de ser acompanhada por alertas do Ministério da Saúde que associam o
consumo de álcool a acidentes
de trânsito com vítimas, má-formação de bebês e até ao
abuso sexual e episódios de
violência.
(MS)
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