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JULIO ARTHUR GOULART BRISOLA
(1921-2010)
Um empresário que amou o time do São Paulo até o fim
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Julio Brisola era de chorar,
ficar nervoso e até doente
com o time que amava. A paixão pelo São Paulo Futebol
Clube fez com que ele fosse
mais do que um mero torcedor: por longos anos, também
integrou a diretoria do clube.
Empresário, ele iniciou a
carreira trabalhando com
aço. Depois, foi sócio na antiga rodoviária de São Paulo,
então no centro da capital.
Nos anos 50, envolveu-se
mais intensamente com o
clube do qual era filiado desde
1943. Naquela década, participou da construção do estádio do Morumbi, cuja inauguração se deu em 1960.
Foi diretor de relações exteriores e segundo secretário
do time nos anos 50, e diretor
de futebol durante quase quatro anos, na década de 90. Virou conselheiro vitalício.
Até os anos 70, conta a filha
Lígia, Julio também se dedicou à criação de cães da raça
pastor alemão. Viajava para
participar de concursos e foi
juiz em várias competições.
Nos últimos anos, havia
abandonado o hobby. Gostava de ir ao Club Athletico Paulistano, onde todas as sextas
almoçava com os amigos.
Em seu último dia de vida,
ainda lembrou à filha, no hospital, que seu time jogaria pela Libertadores. Em 4 de
maio, o São Paulo superou o
Universitário do Peru em disputa de pênaltis ocorrida no
momento de seu velório.
Sofrera um infarto, aos 89,
deixando três filhos, seis netos e oito bisnetos. Foi enterrado no cemitério do Morumbi, na região do estádio, pois
dizia que assim continuaria
acompanhando as partidas.
coluna.obituario@uol.com.br
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