São Paulo, sábado, 22 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JULIO ARTHUR GOULART BRISOLA
(1921-2010)


Um empresário que amou o time do São Paulo até o fim

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Julio Brisola era de chorar, ficar nervoso e até doente com o time que amava. A paixão pelo São Paulo Futebol Clube fez com que ele fosse mais do que um mero torcedor: por longos anos, também integrou a diretoria do clube.
Empresário, ele iniciou a carreira trabalhando com aço. Depois, foi sócio na antiga rodoviária de São Paulo, então no centro da capital.
Nos anos 50, envolveu-se mais intensamente com o clube do qual era filiado desde 1943. Naquela década, participou da construção do estádio do Morumbi, cuja inauguração se deu em 1960.
Foi diretor de relações exteriores e segundo secretário do time nos anos 50, e diretor de futebol durante quase quatro anos, na década de 90. Virou conselheiro vitalício.
Até os anos 70, conta a filha Lígia, Julio também se dedicou à criação de cães da raça pastor alemão. Viajava para participar de concursos e foi juiz em várias competições.
Nos últimos anos, havia abandonado o hobby. Gostava de ir ao Club Athletico Paulistano, onde todas as sextas almoçava com os amigos.
Em seu último dia de vida, ainda lembrou à filha, no hospital, que seu time jogaria pela Libertadores. Em 4 de maio, o São Paulo superou o Universitário do Peru em disputa de pênaltis ocorrida no momento de seu velório.
Sofrera um infarto, aos 89, deixando três filhos, seis netos e oito bisnetos. Foi enterrado no cemitério do Morumbi, na região do estádio, pois dizia que assim continuaria acompanhando as partidas.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Reforma em Cumbica prevê fila de 685 m
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.