São Paulo, Sábado, 22 de Maio de 1999
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Fracassa tentativa de abertura de novo processo contra Jorginho

da Reportagem Local

Agora é oficial. Uma decisão da Justiça, ontem, livrou definitivamente o advogado Jorge Delmanto Bouchabki, o Jorginho, de ser levado a julgamento pela morte de seus pais, assassinados em 1988 em São Paulo, no episódio conhecido como o crime da rua Cuba.
O crime, para Jorginho, prescreveu à 0h de ontem, mas os promotores do Fórum de Pinheiros (zona sudoeste de São Paulo) ainda tentaram, ao meio-dia, um recurso ao Tribunal de Justiça. A iniciativa não teve sucesso.
Foi a terceira derrota consecutiva dos promotores, que desde a última segunda-feira tentam abrir um novo processo contra Jorginho para evitar a prescrição do crime.
A primeira ocorreu anteontem, quando o juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, da vara do júri do mesmo fórum, negou um pedido de abertura de processo contra Bouchabki. O pedido foi baseado, principalmente, no depoimento de uma empregada dos Bouchabki.
Olinda Oliveira da Silva disse na sexta-feira da semana passada à polícia que presenciou uma briga violenta entre Jorginho (o suspeito) e a mãe (a vítima), na noite que antecedeu o crime. A empregada já depusera no primeiro processo, mas nunca relatou tal fato.
A segunda derrota veio em seguida, quando os promotores pediram ao juiz que reconsiderasse o despacho, o que não ocorreu.
A denúncia contra Jorginho prescreveu ontem porque faz exatamente dez anos que o primeiro processo contra ele foi aberto, em 22 de maio de 1989. O caso estava "adormecido" desde 1991, quando o Tribunal de Justiça decidiu que não havia provas suficientes para levar Jorginho a júri popular.
O caso ainda pode ser reaberto, mas nenhuma sentença pode alcançar o filho do casal assassinado. A promotora Eliana Passarelli, co-autora do pedido de reabertura do processo, criticou o resultado. (RV)




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