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Fracassa tentativa de abertura de novo processo contra Jorginho
da Reportagem Local
Agora é oficial. Uma decisão da
Justiça, ontem, livrou definitivamente o advogado Jorge Delmanto
Bouchabki, o Jorginho, de ser levado a julgamento pela morte de seus
pais, assassinados em 1988 em São
Paulo, no episódio conhecido como o crime da rua Cuba.
O crime, para Jorginho, prescreveu à 0h de ontem, mas os promotores do Fórum de Pinheiros (zona
sudoeste de São Paulo) ainda tentaram, ao meio-dia, um recurso ao
Tribunal de Justiça. A iniciativa
não teve sucesso.
Foi a terceira derrota consecutiva dos promotores, que desde a última segunda-feira tentam abrir
um novo processo contra Jorginho
para evitar a prescrição do crime.
A primeira ocorreu anteontem,
quando o juiz João Carlos Sá Moreira de Oliveira, da vara do júri do
mesmo fórum, negou um pedido
de abertura de processo contra
Bouchabki. O pedido foi baseado,
principalmente, no depoimento de
uma empregada dos Bouchabki.
Olinda Oliveira da Silva disse na
sexta-feira da semana passada à
polícia que presenciou uma briga
violenta entre Jorginho (o suspeito) e a mãe (a vítima), na noite que
antecedeu o crime. A empregada já
depusera no primeiro processo,
mas nunca relatou tal fato.
A segunda derrota veio em seguida, quando os promotores pediram ao juiz que reconsiderasse o
despacho, o que não ocorreu.
A denúncia contra Jorginho
prescreveu ontem porque faz exatamente dez anos que o primeiro
processo contra ele foi aberto, em
22 de maio de 1989. O caso estava
"adormecido" desde 1991, quando
o Tribunal de Justiça decidiu que
não havia provas suficientes para
levar Jorginho a júri popular.
O caso ainda pode ser reaberto,
mas nenhuma sentença pode alcançar o filho do casal assassinado.
A promotora Eliana Passarelli, co-autora do pedido de reabertura do
processo, criticou o resultado.
(RV)
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