São Paulo, quarta-feira, 22 de junho de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
SEBASTIÃO ROBERTO DE QUEIROZ TAVARES (1947-2011) Foi professor do ITA e seresteiro ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO O engenheiro Sebastião Roberto de Queiroz Tavares dizia não ter voz para cantar, mas entrou para um coral por incentivo da mulher e percebeu que tinha lá suas virtudes. Nos últimos 11 anos, integrou um trio de cantores. Era o tenor no grupo Amor e Seresta, no qual cantava com a mulher, Ilka, e uma amiga. O conjunto fazia trabalhos voluntários e se apresentava em asilos e hospitais. O canto acabou virando sua paixão, ao lado da astronomia e da computação. De família humilde, Sebastião nasceu em Salvador (BA). Por ser bom aluno, acabou chamando a atenção de um professor, que o ajudou a conseguir uma bolsa para um cursinho preparatório para o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos (SP). Passou no vestibular e, para se manter, começou a dar aulas. Durante a ditadura, quando faltava um ano para terminar o curso de engenharia eletrônica, foi expulso da faculdade por participar de um grupo de discussão das ideias de Mao Tsé-tung. De 1964 a 1975, 21 alunos foram expulsos da instituição por questões políticas. Sebastião transferiu-se para outra faculdade e conseguiu se formar. Mas voltaria ao ITA depois como professor, lembra a mulher. Segundo ela, o marido também lecionou na Escola da Computação, que ficava dentro do Instituto de Aeronáutica. Em São Paulo, passou por empresas como a Sharp e deu consultoria. Nos últimos tempos, trabalhou no Banco do Brasil, onde se aposentou. Morreu no domingo, aos 64 anos, de câncer de pâncreas. Deixa três filhos. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Restaurante no Morumbi é alvo de arrastão pela 2ª vez Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |