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Metade dos rios tem excesso de poluentes
DA REPORTAGEM LOCAL
Análises feitas pela Cetesb
(Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) mostram
que a metade dos rios de abastecimento público de São Paulo tem
altas concentrações fósforo e nitrogênio, indicadores de que as
águas estão com esgoto e matéria
orgânica decomposta.
O achado não significa que essas águas não possam ser usadas
pelas companhias de saneamento, mas aponta para mais uma sequela do despejo sem tratamento
de esgoto nos rios.
O fósforo está diretamente relacionado ao uso de sabões em pó e
a sua presença está associada à eutrofização, a proliferação excessiva de algas que deixa gosto e cheiro ruins na água.
A pesquisa em 136 pontos de
amostragem de rios e reservatórios também encontrou altas porcentagens de alumínio. Segundo
o relatório, a substância provavelmente está ligada à ocorrência de
erosão na beira dos rios - consequência do desmatamento.
Realizado desde 1974, o mapa
de qualidade da água de São Paulo tem cinco faixas que vão do nível péssimo ao ótimo. "Há uma
relação direta entre a concentração urbana e a qualidade da água.
Os índices de péssimo e ruim estão nos trechos urbanos", disse o
gerente do Departamento de Recursos Hídricos da Cetesb, Lineu
José Bassol.
O mapa também revelou o raio
de ação da poluição. O esgoto jogado no rio Tietê, em São Paulo,
percorre mais de 200 km rio abaixo até a represa de Barra Bonita.
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