São Paulo, domingo, 22 de julho de 2001

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Metade dos rios tem excesso de poluentes

DA REPORTAGEM LOCAL

Análises feitas pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) mostram que a metade dos rios de abastecimento público de São Paulo tem altas concentrações fósforo e nitrogênio, indicadores de que as águas estão com esgoto e matéria orgânica decomposta.
O achado não significa que essas águas não possam ser usadas pelas companhias de saneamento, mas aponta para mais uma sequela do despejo sem tratamento de esgoto nos rios.
O fósforo está diretamente relacionado ao uso de sabões em pó e a sua presença está associada à eutrofização, a proliferação excessiva de algas que deixa gosto e cheiro ruins na água.
A pesquisa em 136 pontos de amostragem de rios e reservatórios também encontrou altas porcentagens de alumínio. Segundo o relatório, a substância provavelmente está ligada à ocorrência de erosão na beira dos rios - consequência do desmatamento.
Realizado desde 1974, o mapa de qualidade da água de São Paulo tem cinco faixas que vão do nível péssimo ao ótimo. "Há uma relação direta entre a concentração urbana e a qualidade da água. Os índices de péssimo e ruim estão nos trechos urbanos", disse o gerente do Departamento de Recursos Hídricos da Cetesb, Lineu José Bassol.
O mapa também revelou o raio de ação da poluição. O esgoto jogado no rio Tietê, em São Paulo, percorre mais de 200 km rio abaixo até a represa de Barra Bonita.



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