São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2004

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Reitora sugere mudar currículo

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é o modelo de curso superior que precisa ser mudado, mas o próprio processo de formação do aluno. É a opinião da reitora da Ana Lúcia Gazzola, presidente da Andifes (associação dos dirigentes das universidades federais), sobre a proposta de reforma universitária apresentada pela SBPC.
Para a reitora, não é possível transplantar modelos educacionais, como o que se baseia nos chamados "community colleges", dos EUA, que oferecem cursos de nível superior de apenas dois anos. O ideal, segundo ela, é a criação de um sistema de educação superior com instituições diversas, heterogêneas e com missões diferenciadas.
"É mais importante a discussão da flexibilização curricular", diz. Ela defende um elenco de disciplinas que permita ao aluno um percurso diferenciado. "O ideal é que ele componha o seu cardápio."
Para a pró-reitora de graduação da USP, Sônia Penin, o caminho para reduzir a evasão escolar não passa por uma mudança do modelo de curso, mas sim por uma avaliação pormenorizada das razões que levam um aluno a sair da universidades. Os motivos, segundo ela, variam de acordo com as áreas, com período e com o próprio perfil de aluno.
"É preciso qualificar a discussão sobre a reforma universitária com análise de indicadores e de diagnóstico. É importante que cada instituição avalie internamente as razões dos seus índices de evasão e crie mecanismos próprios para revertê-los. O que dá certo em um lugar, pode não dar em outro", afirma Penin.


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