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Reitora sugere mudar currículo
DA REPORTAGEM LOCAL
Não é o modelo de curso superior que precisa ser mudado, mas
o próprio processo de formação
do aluno. É a opinião da reitora da
Ana Lúcia Gazzola, presidente da
Andifes (associação dos dirigentes das universidades federais),
sobre a proposta de reforma universitária apresentada pela SBPC.
Para a reitora, não é possível
transplantar modelos educacionais, como o que se baseia nos
chamados "community colleges",
dos EUA, que oferecem cursos de
nível superior de apenas dois
anos. O ideal, segundo ela, é a
criação de um sistema de educação superior com instituições diversas, heterogêneas e com missões diferenciadas.
"É mais importante a discussão
da flexibilização curricular", diz.
Ela defende um elenco de disciplinas que permita ao aluno um percurso diferenciado. "O ideal é que
ele componha o seu cardápio."
Para a pró-reitora de graduação
da USP, Sônia Penin, o caminho
para reduzir a evasão escolar não
passa por uma mudança do modelo de curso, mas sim por uma
avaliação pormenorizada das razões que levam um aluno a sair da
universidades. Os motivos, segundo ela, variam de acordo com
as áreas, com período e com o
próprio perfil de aluno.
"É preciso qualificar a discussão sobre a reforma universitária
com análise de indicadores e de
diagnóstico. É importante que cada instituição avalie internamente
as razões dos seus índices de evasão e crie mecanismos próprios
para revertê-los. O que dá certo
em um lugar, pode não dar em
outro", afirma Penin.
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