São Paulo, quinta-feira, 22 de julho de 2004

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EDUCAÇÃO

Projeto em estudo prevê a implantação de duas novas instituições federais, em SP e MS, e quatro campi avançados

Governo prepara expansão universitária

LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Paralelamente às discussões da reforma universitária, que deve ter proposta pronta até novembro, está em gestação no governo um projeto de expansão do ensino superior público, com a criação de duas novas universidades federais, instalação de dois pólos universitários e implantação de quatro campi avançados.
Entra no pacote ainda a criação de um modelo de instituição voltado ao desenvolvimento da Amazônia -a Universidade da Floresta, a ser instalada no Acre.
Reivindicação antiga de entidades ligadas ao ensino superior, a discussão da expansão das federais pode coincidir com a pressão que começa a ser feita por mais recursos para o setor em 2005.
Hoje são filiadas à Andifes (associação dos reitores das federais) 55 instituições de ensino superior, incluindo 44 universidades.
O Ministério da Educação, responsável pelo projeto, avalia o gasto total da ampliação. Uma das instituições a serem instaladas, a Universidade Federal do ABC (São Paulo), terá um custo ao governo de R$ 150 milhões anuais quando estiver em pleno funcionamento -cinco anos após a inauguração. O valor inclui custeio e investimentos. A UFABC teve o projeto de lei encaminhado ao Congresso no início do mês.
Mato Grosso do Sul, governado por José Orcírio dos Santos, conhecido como Zeca do PT, será o outro Estado beneficiado com a instalação de uma nova federal. No Estado já funciona a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.
A nova unidade está prevista para Dourados (região considerada pelo MEC o "maior pólo econômico do Estado").
De acordo com os estudos do MEC, o Rio de Janeiro deve ganhar dois pólos universitários -um em Volta Redonda e outro na Baixada Fluminense.
As regiões litorâneas de São Paulo e do Paraná devem receber campi avançados das federais instaladas em cada Estado. A Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) prevê a abertura de seis cursos na área de saúde em Santos a partir de autorização do MEC. Já a Universidade Federal do Paraná quer criar o Centro de Estudos do Mar, com graduação em gestão ambiental, educação física e turismo, além de vagas na área técnica em aqüicultura, enfermagem e setor imobiliário. Os outros dois projetos discutidos são a expansão da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em Sorocaba e a da Federal da Bahia em Vitória da Conquista.


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