São Paulo, sábado, 22 de julho de 2006

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Promotoria quer quebrar sigilo bancário de 21 ligados à facção

DA REPORTAGEM LOCAL

Os promotores públicos da força tarefa que tenta combater as ações do PCC em São Paulo tentarão, nos próximos dias, quebrar o sigilo bancário da maioria das 21 pessoas que foram presas anteontem em uma operação conjunta entre o Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) e a Polícia Federal.
Entre os acusados de participar do PCC que deverão ter a quebra de sigilo solicitada à Justiça está a advogada Maria Cristina de Souza Rachado, suspeita de ter comprado irregularmente o áudio de uma sessão secreta da CPI do Tráfico de Armas. Segundo a Promotoria, ela recebia seus honorários com dinheiro ilícito do PCC.
Os promotores entendem que a quebra do sigilo bancário dará uma dimensão exata do poder financeiro do grupo, que angaria dinheiro do tráfico, com a venda de drogas.
Uma das provas que deverão ser utilizadas para arrolar os suspeitos em diversos crimes são cadernos com anotações da contabilidade da facção. "São rabiscos grafados só com o dinheiro de entrada. Há termos como bicho-papão [imposto pago ao PCC] e faculdade [prisão, na gíria do crime]", disse o promotor Marcelo Rovere.
(ANDRÉ CARAMANTE E KLEBER TOMAZ)


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