São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 2011

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Gangue que roubava casas de luxo é presa

Polícia diz que sete suspeitos são responsáveis por pelo menos 20 assaltos na região do Morumbi, em São Paulo

Quadrilha, que usava celulares durante as ações, acabou sendo encontrada a partir de escutas telefônicas

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

O telefone celular levado num roubo de uma casa de alto padrão em Embu-Guaçu, cidade da região metropolitana, levou a polícia a uma quadrilha suspeita de ter roubado ao menos 20 mansões no bairro do Morumbi, zona oeste de SP.
Sete pessoas foram presas ontem. Com eles, a polícia encontrou joias, dinheiro -euros, dólares e reais-, eletroeletrônicos, roupas e cinco armas, além de munição.
O telefone roubado na casa de Embu-Guaçu, que teve o chip trocado e era monitorado pela polícia, também está entre o material achado.
"Acreditamos que essa quadrilha presa tenha realizado ao menos 20 roubos contra casas de alto padrão nos últimos meses. É importante que pessoas que moram na região do Morumbi, Taboão da Serra e Embu-Guaçu e tiveram as suas casas roubadas procurem a polícia para tentar reconhecer os presos", disse Alessandro Antzuk, chefe dos investigadores de Embu-Guaçu.

INVESTIGAÇÃO
Há dois meses, a quadrilha roubou a mansão em Embu-Guaçu, agrediu o proprietário e levou alguns celulares.
Para tentar despistar a polícia, os criminosos jogaram fora os chips dos aparelhos e habilitaram um deles com um novo número. Eles não contavam com a tecnologia que, hoje, permite fazer escutas a partir do aparelho e não apenas do chip dos celulares.
A partir da autorização da Justiça, os investigadores de Embu-Guaçu passaram a monitorar o aparelho roubado na mansão da cidade, e todas as conversas dos criminosos foram gravadas por dois meses.
Em uma escuta, os policiais conseguiram captar o barulho dos tiros disparados pela quadrilha durante um dos roubos e no qual a Polícia Militar foi chamada para tentar prendê-los.
Em outra gravação, é possível ouvir quando a funcionária de uma das casas roubadas é atraída até o portão.
O criminoso afirma que ela teria de assinar um protocolo e, ao ver a arma, a mulher dá um grito de pavor. O criminoso diz para a vítima não gritar e para "colaborar".
Os policiais civis de Embu-Guaçu descobriram que a quadrilha praticava os roubos com os telefones celulares ligados porque sempre se comunicavam com outros criminosos que ficavam fora das casas de alto padrão, à espera da polícia.

FOLHA.com
Ouça escutas telefônicas obtidas pela polícia
folha.com.br/ct947218


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