JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Em nota assinada pela chefe da Divisão de Comunicação Social, Viviane da Rosa, a Polícia Federal fez ontem ligação entre o assalto ao Boeing da Vasp e a rebelião na Penitenciária Monte Cristo, em Roraima, ambos ocorridos na semana passada.
Segundo a nota da Polícia Federal, a rebelião, ocorrida na sexta-feira, teria como objetivo libertar um integrante da quadrilha que assaltou o Boeing da Vasp no dia 16 último no Paraná.
Com 61 passageiros e seis tripulantes a bordo, o Boeing da Vasp teve sua rota desviada ao decolar de Foz do Iguaçu com destino a Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e São Luís. Cinco homens encapuzados obrigaram o comandante Sérgio Carmo dos Santos a pousar em Porecatu (norte do Paraná). Os assaltantes fugiram levando R$ 5 milhões que estavam sendo transportados pelo Boeing.
Segundo Viviane da Rosa, o dinheiro obtido no assalto estaria sendo usado para fomentar a rebelião, possivelmente para a libertação de Uel Leite de Souza, pai de Uel Leite de Souza Filho. Os dois pertenceriam à quadrilha de Marcelo Moacir Borelli, principal suspeito de comandar o assalto.
A PF já sabe que os cinco assaltantes utilizaram os nomes falsos de Júlio Ribeiro, Antônio Manfrini Júnior, Erasmo Zapolutti, Carlos Oliveira e Robson Santana para comprarem as passagens.
Na empresa Leocádio Turismo, de Foz do Iguaçu (656 km a oeste de Curitiba), a PF descobriu que os homens identificados como Antônio Manfrini Júnior e Carlos Oliveira haviam viajado no vôo 280 da Vasp seis dias antes do assalto, no dia 10 de agosto.
Hoje, às 10h, o Instituto de Criminalística de Londrina apresenta à PF o resultado de exames em objetos do avião e na Ford Ranger branca utilizada pelos assaltantes.


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