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Obra na biblioteca Mário de Andrade inicia em novembro
Reforma, que interditará o edifício durante 18 meses, ainda depende da análise das propostas apresentadas por 17 grupos
Reparos de R$ 16 milhões no prédio no centro de SP visam eliminar infiltração, facilitar acesso e informatizar acervo com 3,2 milhões de títulos
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
Dezessete consórcios de empresas se candidataram para a
reforma da biblioteca Mário de
Andrade, que conserva o maior
acervo de São Paulo e o segundo maior do Brasil, com 3,2 milhões de itens.
A obra deve começar no início de novembro, se não houver
recurso ou impugnação no processo de licitação. O prazo para
entrega de propostas e abertura de envelopes acabou ontem.
O custo previsto é de R$ 16
milhões, sendo que 80% dos recursos virão do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A previsão é que a reforma dure 18 meses. Enquanto isso, a biblioteca, no centro
de São Paulo, ficará fechada.
O projeto prevê restauro total do edifício da biblioteca,
proteção contra infiltração
(impermeabilização das lajes),
modernização e informatização do acervo e maior segurança para as obras raras.
Na atual situação, o acervo de
livros, jornais, postais, gravuras
e documentos (menor apenas
que o da biblioteca Nacional, no
Rio de Janeiro) está ameaçado
pelas infiltrações. Fica também
em um prédio com estrutura
inferior à de espaços em universidades para atender aos
pesquisadores e leitores.
Para facilitar o acesso à biblioteca, uma entrada com
rampas adaptadas para portadores de deficiência será construída nos fundos do prédio.
Na sala de leitura serão criadas cabines individuais para
pesquisa. Outra alteração será
na parte externa: a grade que
separa a biblioteca da praça
Dom José Gaspar será retirada.
"A reforma tem como principal objetivo preservar os livros.
O prédio tem umidade, infiltração por todos os lados", disse o
subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo. Segundo ele, outro benefício será a possibilidade de
manusear livros com mais facilidade. "Hoje [a biblioteca] não
pode ser bem usada. É um grande acervo quase inacessível."
Além disso, a capacidade da
biblioteca está esgotada e não é
possível adquirir mais livros.
Para amenizar o problema de
espaço, a Mário de Andrade terá um anexo, o edifício do Ipesp
(Instituto da Previdência do
Estado de São Paulo), que foi
cedido pelo governo do Estado.
Segundo a Emurb (Empresa
Municipal de Urbanização), os
valores oferecidos pelos consórcios ainda estão sob sigilo,
por ser concorrência pública.
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