São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 2006

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Obra na biblioteca Mário de Andrade inicia em novembro

Reforma, que interditará o edifício durante 18 meses, ainda depende da análise das propostas apresentadas por 17 grupos

Reparos de R$ 16 milhões no prédio no centro de SP visam eliminar infiltração, facilitar acesso e informatizar acervo com 3,2 milhões de títulos


AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL

Dezessete consórcios de empresas se candidataram para a reforma da biblioteca Mário de Andrade, que conserva o maior acervo de São Paulo e o segundo maior do Brasil, com 3,2 milhões de itens.
A obra deve começar no início de novembro, se não houver recurso ou impugnação no processo de licitação. O prazo para entrega de propostas e abertura de envelopes acabou ontem.
O custo previsto é de R$ 16 milhões, sendo que 80% dos recursos virão do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A previsão é que a reforma dure 18 meses. Enquanto isso, a biblioteca, no centro de São Paulo, ficará fechada.
O projeto prevê restauro total do edifício da biblioteca, proteção contra infiltração (impermeabilização das lajes), modernização e informatização do acervo e maior segurança para as obras raras.
Na atual situação, o acervo de livros, jornais, postais, gravuras e documentos (menor apenas que o da biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro) está ameaçado pelas infiltrações. Fica também em um prédio com estrutura inferior à de espaços em universidades para atender aos pesquisadores e leitores.
Para facilitar o acesso à biblioteca, uma entrada com rampas adaptadas para portadores de deficiência será construída nos fundos do prédio.
Na sala de leitura serão criadas cabines individuais para pesquisa. Outra alteração será na parte externa: a grade que separa a biblioteca da praça Dom José Gaspar será retirada.
"A reforma tem como principal objetivo preservar os livros. O prédio tem umidade, infiltração por todos os lados", disse o subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo. Segundo ele, outro benefício será a possibilidade de manusear livros com mais facilidade. "Hoje [a biblioteca] não pode ser bem usada. É um grande acervo quase inacessível."
Além disso, a capacidade da biblioteca está esgotada e não é possível adquirir mais livros.
Para amenizar o problema de espaço, a Mário de Andrade terá um anexo, o edifício do Ipesp (Instituto da Previdência do Estado de São Paulo), que foi cedido pelo governo do Estado.
Segundo a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), os valores oferecidos pelos consórcios ainda estão sob sigilo, por ser concorrência pública.


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