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Outro lado
Candidata nega envolvimento com mortes
DA SUCURSAL DO RIO
A candidata a vereadora
Carmen Guimarães, a Carminha Jerominho (PT do B),
afirmou que sua família está
sendo vítima de "perseguição política". Ela afirmou
que nenhum parente participa de milícia.
Ela acusou o delegado
Marcus Neves, responsável
pelas investigações, de entregar armas a rivais da "Liga
da Justiça" -quadrilha comandada, segundo a polícia,
pelo deputado Natalino Guimarães e seu irmão, o vereador Jerônimo Guimarães,
pai de Carminha- que estão
auxiliando a investigação da
35ª DP (Campo Grande).
Neves conta com o apoio
do ex-PM Herbert Canijo da
Silva, o Escangalhado, e do
PM Francisco César Silva
Oliveira, o Chico Bala, rivais
declarados do grupo supostamente comandado por Natalino. O delegado afirma
que eles estão participando
das investigações como informantes dentro da lei.
"Acho que ele foi plantado
aqui para prejudicar a minha
família. Estão preocupados
com o nosso crescimento político", disse Carmen. Ela
não quis identificar quem supostamente "plantou" Neves
na delegacia.
Ela negou ter participado
da mortes das sete pessoas
na favela do Barbante. "Como eu vou mandar matar
pessoas dentro de uma região e ganhar votos lá?"
A candidata afirmou que o
irmão, o ex-PM Luciano Guimarães, acusado pela polícia
de ter participado da chacina, está fora do país. Ele tem
um mandado de prisão expedido em dezembro.
Carmen sugeriu que Neves
quer matar seus familiares
simulando um confronto
com a polícia. "O que ele quer
é um auto de resistência, assim como atentaram contra
a vida do meu tio [Natalino]."
A polícia afirmou que houve troca de tiros quando Natalino foi preso, mês passado.
Carminha afirma que só a
polícia atirou.
(ITALO NOGUEIRA)
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