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OMS alerta sobre expansão da gripe suína
Organização Mundial da Saúde advertiu para o risco de aumento da doença no final do ano em países do hemisfério Norte
Doença já contaminou cerca de 182 mil pessoas no mundo e provocou pelo menos 1.799 mortes, segundo dados da entidade
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
A Organização Mundial da
Saúde advertiu para um aumento no número de casos da
chamada gripe suína quando o
inverno voltar ao hemisfério
Norte, no fim do ano, e exortou
a sociedade civil e organizações
não-governamentais a ajudarem os governos a conter a pandemia com redes de informação e campanhas educativas.
O temor da OMS é o colapso
do sistema de saúde de países
onde ele é mais frágil e já onerado por outras epidemias como
tuberculose, malária e Aids. Isso potencializaria a disseminação e o impacto da doença, que
na maioria dos casos evolui de
forma "suave e com recuperação total sem necessidade de
cuidados médicos".
O peso da epidemia sobre o
sistema de saúde brasileiro era
considerado "moderado" -acima de "pequeno", abaixo de
"severo"- até a primeira semana deste mês, último dado disponível e que tem base em informações passadas pelo Brasil.
"Em dado momento aparentará haver uma explosão de casos", disse o diretor da OMS para o Pacífico Oeste, Shin
Young-soo, segundo agências
de notícias. "E é certo que haverá mais casos e mortes."
Até agora, a doença atingiu
182 mil pessoas no mundo e
provocou pelo menos 1.799
mortes, segundo números
compilados pela OMS, que ela
mesma afirma estarem subestimados.
No Brasil, segundo dados oficiais, foram 368 mortes, sendo
179 só no Estado de São Paulo.
"A pandemia está se espalhando rapidamente, mas sua
evolução futura não pode ser
prevista. A maioria dos dados
que temos foi coletada em países onde o sistema de saúde
funciona bem", informou a
OMS em Genebra.
Ou seja: a "explosão" de casos
aparece justamente quando a
epidemia avança nos países desenvolvidos, concentrados no
hemisfério Norte, onde é verão
agora e os índices de contaminação desaceleraram, embora
não tenham estancado.
Em Genebra, a OMS lançou
uma "convocatória" à sociedade civil, pedindo que este ajude
a identificar grupos mais vulneráveis -gestantes, cardíacos,
diabéticos e imunodeprimidos
são alvo de atenção- e a divulgar informações sobre prevenção, educando a população sobre sintomas que possam ser
tratados em casa.
Também ontem a OMS enfatizou a eficácia das drogas oseltamivir (Tamiflu) e zanamivir
(Relenza) no tratamento dos
casos severos, com preferência
para o primeiro e especialmente nas primeiras 48 horas após
o surgimento dos sintomas.
Após o prazo, o uso segue recomendado a todos os pacientes.
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