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Série "DNA Paulistano" é lançada em livro
Obra é baseada em ampla pesquisa Datafolha, que colheu a opinião dos moradores dos 96 distritos das oito regiões da cidade
Dados estão disponíveis em CD que acompanha o livro, que também traz análises de especialistas sobre os principais temas revelados
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Já está nas livrarias "DNA
Paulistano - A Mais Abrangente Pesquisa de Opinião sobre a
Relação dos Paulistanos com
Sua Cidade" (PubliFolha, 388
págs., R$ 59,50), originado a
partir da série "DNA Paulistano", publicada pela Folha entre agosto e setembro do ano
passado e vencedora do Grande Prêmio Folha de 2008.
Criada por ocasião das eleições municipais, a série se baseou em uma ampla pesquisa
realizada pelo Datafolha, que
colheu a opinião dos moradores dos 96 distritos das oito regiões da cidade, entrevistando
28.389 pessoas entre fevereiro
e julho de 2008.
Os dados estão disponíveis
no CD que acompanha o livro,
que traz ainda análises de especialistas sobre os principais temas revelados pelo estudo.
"Queríamos celebrar os 25
anos do Datafolha e criar um
instrumento que pudesse contribuir na avaliação e no acompanhamento da administração
pública", afirma Mauro Paulino, diretor-geral do instituto.
A cada caderno, os candidatos a prefeito foram convidados a comentar os problemas
levantados pelos moradores e a
propor soluções para eles.
Um nono caderno comparativo serviu de conclusão à série
e um décimo, publicado às vésperas do primeiro turno
("DNA Eleições - O que eles
propõem... O que a cidade
quer"), confrontou promessas
de campanha com reclamações
dos paulistanos.
"Partimos dessa tendência
do uso da opinião pública como
referência para a política pública", diz Alessandro Janoni
Hernandes, diretor de pesquisas do Datafolha. Segundo ele,
cada vez mais o cidadão se vê
menos representado por aqueles que ele elegeu. Assim, a pesquisa -que traz notas e avaliações dos próprios moradores
sobre o local onde vivem- torna-se um meio de acompanhar
as ações e seus impactos.
Derrubando mitos
"A ideia é que [o estudo] se
torne sistemático e que voltemos a aplicar a pesquisa a cada
início ou fim de governo para
vermos o que mudou. É um instrumento de fiscalização",
completa Paulino.
De acordo com o editor do
caderno Cotidiano, Rogério
Gentile, o projeto foi além do
debate eleitoral, servindo para
que o jornal repensasse sua
própria atuação.
"Apesar da boa tradição da
Folha na cobertura do município, muitos dos dados coletados serviram para derrubar mitos e rever os conceitos e o encaminhamento de pautas", diz.
A produção da série envolveu
quatro editorias (Cotidiano,
Brasil, Arte e Fotografia) e 66
profissionais, entre editores, repórteres, redatores, fotógrafos,
ilustradores e diagramadores.
No livro, especialistas convidados traçaram conclusões sobre os principais temas, como
perfil socioeconômico e cultural de quem vive na metrópole,
participação política, aspectos
econômicos e de segurança,
trânsito, infraestrutura, saúde,
educação e exclusão social.
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