São Paulo, sábado, 22 de agosto de 2009

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Série "DNA Paulistano" é lançada em livro

Obra é baseada em ampla pesquisa Datafolha, que colheu a opinião dos moradores dos 96 distritos das oito regiões da cidade

Dados estão disponíveis em CD que acompanha o livro, que também traz análises de especialistas sobre os principais temas revelados


MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL

Já está nas livrarias "DNA Paulistano - A Mais Abrangente Pesquisa de Opinião sobre a Relação dos Paulistanos com Sua Cidade" (PubliFolha, 388 págs., R$ 59,50), originado a partir da série "DNA Paulistano", publicada pela Folha entre agosto e setembro do ano passado e vencedora do Grande Prêmio Folha de 2008.
Criada por ocasião das eleições municipais, a série se baseou em uma ampla pesquisa realizada pelo Datafolha, que colheu a opinião dos moradores dos 96 distritos das oito regiões da cidade, entrevistando 28.389 pessoas entre fevereiro e julho de 2008.
Os dados estão disponíveis no CD que acompanha o livro, que traz ainda análises de especialistas sobre os principais temas revelados pelo estudo.
"Queríamos celebrar os 25 anos do Datafolha e criar um instrumento que pudesse contribuir na avaliação e no acompanhamento da administração pública", afirma Mauro Paulino, diretor-geral do instituto.
A cada caderno, os candidatos a prefeito foram convidados a comentar os problemas levantados pelos moradores e a propor soluções para eles.
Um nono caderno comparativo serviu de conclusão à série e um décimo, publicado às vésperas do primeiro turno ("DNA Eleições - O que eles propõem... O que a cidade quer"), confrontou promessas de campanha com reclamações dos paulistanos.
"Partimos dessa tendência do uso da opinião pública como referência para a política pública", diz Alessandro Janoni Hernandes, diretor de pesquisas do Datafolha. Segundo ele, cada vez mais o cidadão se vê menos representado por aqueles que ele elegeu. Assim, a pesquisa -que traz notas e avaliações dos próprios moradores sobre o local onde vivem- torna-se um meio de acompanhar as ações e seus impactos.

Derrubando mitos
"A ideia é que [o estudo] se torne sistemático e que voltemos a aplicar a pesquisa a cada início ou fim de governo para vermos o que mudou. É um instrumento de fiscalização", completa Paulino.
De acordo com o editor do caderno Cotidiano, Rogério Gentile, o projeto foi além do debate eleitoral, servindo para que o jornal repensasse sua própria atuação.
"Apesar da boa tradição da Folha na cobertura do município, muitos dos dados coletados serviram para derrubar mitos e rever os conceitos e o encaminhamento de pautas", diz.
A produção da série envolveu quatro editorias (Cotidiano, Brasil, Arte e Fotografia) e 66 profissionais, entre editores, repórteres, redatores, fotógrafos, ilustradores e diagramadores.
No livro, especialistas convidados traçaram conclusões sobre os principais temas, como perfil socioeconômico e cultural de quem vive na metrópole, participação política, aspectos econômicos e de segurança, trânsito, infraestrutura, saúde, educação e exclusão social.


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