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Escolas que
adotam ciclos no
Brasil são minoria
DA SUCURSAL DO RIO
O sistema de ciclos (onde
não há repetência ano a ano)
está sendo gradativamente
adotado em escolas do Brasil, mas perde espaço nos
dois Estados onde há mais
estudantes matriculados
nesse sistema: MG e SP.
Em São Paulo, o número
de estudantes matriculados
em escolas que trabalham
com o sistema de ciclos parcial ou integralmente caiu de
72,7% para 66,9%. Em Minas Gerais, essa queda foi de
72,1% para 57,7%.
A polêmica sobre os ciclos
foi debatido na última eleição para o governo do Estado de São Paulo. A ex-secretária estadual da Educação
Rose Neubauer, que defendeu os ciclos na sua gestão,
diz que a volta ao sistema seriado pode ser prejudicial.
"O ciclo no Brasil está associado ao sistema de promoção automática. Ele pode
apresentar resultados estatísticos, mas o mais importante é corrigir o fluxo escolar", diz o consultor em educação João Batista Oliveira.
No Brasil, as escolas que
adotam os ciclos são minoria. Em 1999, 10% das escolas
brasileiras trabalhavam unicamente com o sistema de
ciclos. Em 2002, essa porcentagem subiu para 10,9%.
Mas a proporção de alunos
que estudam nesse sistema
passou de 23% em 1999 para
20,9% em 2002.
Para o pesquisador em
educação da PUC-RJ Creso
Franco, essa aparente contradição é explicada pela
melhoria no fluxo escolar
provocada pelos ciclos. "Há
escolas que adotam ciclos
nas primeiras séries do ensino fundamental e o sistema
seriado nas séries finais.
Nessas escolas, pode ter havido uma diminuição no número de estudantes no sistema de ciclos", diz.
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