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Mães criticam formação insuficiente
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos doze anos, L.F.F. não sabia
escrever o próprio nome. Aluno
de uma escola estadual de São
Paulo, o garoto estava prestes a
ser aprovado na 4ª série do ensino
fundamental quando sua mãe,
preocupada, foi conversar com a
professora. Houve briga na escola, mas a pressão da mãe impediu
que o garoto fosse para a 5ª série
sem conseguir escrever bem.
"Eu ouvi da professora que esse
não era um problema dela e que,
mesmo sem saber escrever, ele
passaria de ano", afirma a mãe,
Luciana Fernandes. A situação,
diz, não era exclusiva de seu filho
e se repetia com outros garotos.
Cansada de brigar com os professores, a família mandou o filho
para a casa dos avós, no interior
paulista, para outra escola.
A falta de perspectivas fez também com que Rosa Maria transferisse o filho de uma escola estadual para uma particular. Na 6ª
série, seu filho, V.C.P., não sabia
interpretar textos. "Eles passam
de ano, mas não formulam frases
nem interpretam o que lêem. Na
5ª ou na 6ª ainda lêem como
crianças de 1ª série. O país pode
mostrar lá fora que tem um nível
de analfabetismo menor, mas, na
prática, está formando analfabetos funcionais", critica.
(SIMONE IWASSO)
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