|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MASSACRE EM SP
Maior suspeito nega ter ligação com os ataques
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de ser o suspeito identificado pela polícia com maior número de indícios de participação
nos ataques a moradores de rua
no centro de São Paulo, o segurança clandestino M.A.T. negou
ontem, em depoimento, seu envolvimento nos crimes. Outros
dois suspeitos devem ser ouvidos
entre hoje e amanhã.
O segurança e outros dois policiais militares tiveram a prisão
temporária decretada pela Justiça
na semana passada. Ontem,
M.A.T. disse aos policiais do
DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) que
trabalha de dia como polidor e, à
noite, atua como vigia na rua Tabatingüera, na região onde ocorreu um ataque a moradores de
rua no dia 19 de agosto.
Em um depoimento que durou
mais de seis horas, o segurança
negou qualquer envolvimento
com os crimes. A polícia paulista,
no entanto, acredita que ele estava
no local do crime e que chegou a
dar ordem a um comparsa, cujo
nome ainda não foi identificado,
para matar o morador de rua
Cosme Rodrigues Machado.
O segurança foi reconhecido
pelo porteiro de um prédio, que
afirma ter visto Machado ser
agredido, no dia 19 de agosto. O
porteiro também identificou a
voz do segurança. O suspeito teria
gritado "mata, mata", segundo
relatou a testemunha.
Os policiais do DHPP também
ouviram ontem um morador de
rua que foi vítima de agressões no
centro da cidade. Mas ele não
conseguiu dar informações para
ajudar na identificação de seus
agressores. Sete moradores de rua
morreram e oito ficaram feridos
em ataques no mês passado.
Os dois PMs serão ouvidos hoje
e amanhã. Eles também teriam ligação com o tráfico de drogas.
Texto Anterior: Morador de morro paga ágio de até R$ 11 por botijão Próximo Texto: Crime em série: Encontrado no interior corpo de pedreiro Índice
|