São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2004

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MASSACRE EM SP

Maior suspeito nega ter ligação com os ataques

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ser o suspeito identificado pela polícia com maior número de indícios de participação nos ataques a moradores de rua no centro de São Paulo, o segurança clandestino M.A.T. negou ontem, em depoimento, seu envolvimento nos crimes. Outros dois suspeitos devem ser ouvidos entre hoje e amanhã.
O segurança e outros dois policiais militares tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça na semana passada. Ontem, M.A.T. disse aos policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) que trabalha de dia como polidor e, à noite, atua como vigia na rua Tabatingüera, na região onde ocorreu um ataque a moradores de rua no dia 19 de agosto.
Em um depoimento que durou mais de seis horas, o segurança negou qualquer envolvimento com os crimes. A polícia paulista, no entanto, acredita que ele estava no local do crime e que chegou a dar ordem a um comparsa, cujo nome ainda não foi identificado, para matar o morador de rua Cosme Rodrigues Machado.
O segurança foi reconhecido pelo porteiro de um prédio, que afirma ter visto Machado ser agredido, no dia 19 de agosto. O porteiro também identificou a voz do segurança. O suspeito teria gritado "mata, mata", segundo relatou a testemunha.
Os policiais do DHPP também ouviram ontem um morador de rua que foi vítima de agressões no centro da cidade. Mas ele não conseguiu dar informações para ajudar na identificação de seus agressores. Sete moradores de rua morreram e oito ficaram feridos em ataques no mês passado.
Os dois PMs serão ouvidos hoje e amanhã. Eles também teriam ligação com o tráfico de drogas.


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