São Paulo, quarta-feira, 22 de setembro de 2004

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ACIDENTE NO AM

Uma pessoa está desaparecida e 12 morreram

Após naufrágio no rio Negro, polícia abre inquérito sobre prostituição

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

A Delegacia Especializada na Assistência à Criança e ao Adolescente abriu inquérito ontem para apurar uma suposta rede de prostituição de meninas entre Manaus e Barcelos, de onde o barco Princesa Laura partiu no sábado. A embarcação naufragou no domingo, a 40 km de Manaus -12 pessoas morreram e uma está desaparecida, segundo a Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental.
Famílias de meninas afirmaram que elas estavam no barco sem documentação de permissão da viagem e teriam sido aliciadas, em Manaus, para fazer programas com turistas estrangeiros em hotéis de selva. Segundo a delegada Graça Silva, 16 meninas teriam feito o trajeto -cinco morreram.
A delegada pediu a lista de sobreviventes à Capitania dos Portos e hoje começa a tomar os primeiros depoimentos. Segundo denúncias, as garotas teriam recebido R$ 800 pelo programa.
As equipes de buscas abriram ontem os camarotes que estavam na parte submersa do Princesa Laura e não encontraram corpos.
Segundo capitania, a embarcação enfrentou uma tempestade por cerca de uma hora e meia.
Um inquérito administrativo foi aberto pela Marinha e tem prazo de conclusão de 30 dias. O capitão dos Portos, Edlander Santos, descartou a possibilidade de encontrar a lista de passageiros, já que todo material em papel achado no barco está danificado.
O agente da Polícia Federal Antônio Walmir Campos Salgado -que resgatou parte dos 93 sobreviventes- afirmou que ribeirinhos saquearam a embarcação, levando refrigerantes e cervejas.


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