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ACIDENTE NO AM
Uma pessoa está desaparecida e 12 morreram
Após naufrágio no rio Negro, polícia abre inquérito sobre prostituição
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
A Delegacia Especializada na
Assistência à Criança e ao Adolescente abriu inquérito ontem para
apurar uma suposta rede de prostituição de meninas entre Manaus
e Barcelos, de onde o barco Princesa Laura partiu no sábado. A
embarcação naufragou no domingo, a 40 km de Manaus -12
pessoas morreram e uma está desaparecida, segundo a Capitania
Fluvial da Amazônia Ocidental.
Famílias de meninas afirmaram
que elas estavam no barco sem
documentação de permissão da
viagem e teriam sido aliciadas, em
Manaus, para fazer programas
com turistas estrangeiros em hotéis de selva. Segundo a delegada
Graça Silva, 16 meninas teriam
feito o trajeto -cinco morreram.
A delegada pediu a lista de sobreviventes à Capitania dos Portos e hoje começa a tomar os primeiros depoimentos. Segundo
denúncias, as garotas teriam recebido R$ 800 pelo programa.
As equipes de buscas abriram
ontem os camarotes que estavam
na parte submersa do Princesa
Laura e não encontraram corpos.
Segundo capitania, a embarcação enfrentou uma tempestade
por cerca de uma hora e meia.
Um inquérito administrativo
foi aberto pela Marinha e tem prazo de conclusão de 30 dias. O capitão dos Portos, Edlander Santos, descartou a possibilidade de
encontrar a lista de passageiros, já
que todo material em papel achado no barco está danificado.
O agente da Polícia Federal Antônio Walmir Campos Salgado
-que resgatou parte dos 93 sobreviventes- afirmou que ribeirinhos saquearam a embarcação,
levando refrigerantes e cervejas.
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