RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

A Secretaria de Educação de Minas Gerais investiga denúncia feita por pais de alunos do 3º ano do ensino fundamental de uma escola de Belo Horizonte, segundo a qual as crianças tiveram que tirar as roupas, na terça-feira, para uma revista.
De acordo com a denúncia, uma professora dividiu a turma, com 25 alunos de cerca de oito anos, em meninos e meninas. Alguns estudantes teriam ficado completamente nus para que fosse constatado que não estavam com o celular de uma colega.
A diretora da Superintendência Regional de Ensino Metropolitana da Secretaria de Educação, Elci Pimenta Santos, disse que uma comissão apura a denúncia.
Santos disse que a professora acusada já foi ouvida. Segundo ela, a professora afirmou que reuniu os alunos e pediu que eles próprios revistassem suas roupas e mochilas para ver se encontravam o celular da colega, que até ontem ainda não havia sido recuperado.
A Escola Estadual Professor José Mesquita de Carvalho, onde ocorreu o fato, fica no bairro Vila Paris, na zona sul da capital mineira. Segundo Santos, o centro escolar atende principalmente os moradores das favelas Morro do Papagaio, Santa Lúcia e Santa Maria.
"São alunos que moram em uma área de alta vulnerabilidade social. A maioria das crianças da escola participa de trabalhos assistenciais oferecidos por uma congregação religiosa na região", disse Santos.
Segundo ela, o Estatuto do Magistério de Minas Gerais prevê punições aos servidores da educação que cometerem abusos. Caso isso seja comprovado, a professora denunciada poderá ser punida com advertência e suspensão e até a perda definitiva do cargo. "Os pais estão indignados, mas temos de apurar o que realmente aconteceu", afirmou Santos.


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