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Mortos em escolas chegam a 24 em 99
da Reportagem Local
Alunos e professores do Estado
de São Paulo têm sido alvo de
uma onda de violência neste ano.
Mesmo sem números oficiais, é
possível contabilizar pelo menos
24 mortes desde o início do ano
em escolas ou nas redondezas.
O ministro da Educação, Paulo
Renato Souza, chegou a propor
no começo do mês um policiamento ostensivo "do lado de fora" das escolas, como forma de
tentar conter a violência juvenil.
Ele acredita que a violência "está invadindo as escolas associada
à questão das gangues e das drogas". Com gangue ou não, os motivos são os mais diversos.
No último dia 23, a estudante
R.S., 13, foi baleada no rosto por
outro aluno, R.A.Z., da mesma
idade, durante aula de educação
física em Ermelino Matarazzo
(zona leste de São Paulo).
No dia 17 do mês passado, a estudante L.F.A., 12, foi estuprada
no banheiro da escola onde estuda, na periferia de Hortolândia
(120 km de SP).
Dois dias antes, em Sertãozinho
(330 km de São Paulo), o estudante André Luiz dos Santos, 19, foi
assassinado com cinco tiros na
saída da escola estadual Edith Silveira Dalmasão. Um colega de
classe foi acusado e preso. Os dois
teriam tido uma briga após discussão durante uma partida de
futebol. Na esquina da mesma escola, no dia 5, o estudante Sérgio
Alexandre Gonçalves foi morto.
As vítimas não se restringem
aos alunos. No dia 6 do mês passado, a professora Vasiliki Tritsis
Cadamuro, 35, foi morta com
quatro tiros (dois no tórax, um no
braço direito e outro na barriga)
no estacionamento da escola municipal João Naoki Sumita, na zona leste de São Paulo.
Só final do mês de agosto, mais
três crimes resultaram em mortes. Em um deles, o estudante
Francisco Canindé de Souza, 16,
estava entrando na aula, na Escola
Estadual Maria Osório Teixeira,
em São Bernardo do Campo
(Grande SP), quando um carro
passou pela rua fazendo disparos
na direção do estudante.
Dentro de uma sala de aula, no
dia 29 de abril, o estudante Élcio
Clêmio de Souza, 18, morreu após
ter sido atingido por 13 tiros, em
Guarulhos (Grande SP). O autor
dos disparos teria sido um colega
de classe.
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