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ADMINISTRAÇÃO
Meta é recuperar os demais 34 veículos
Prefeitura derruba liminar e retoma 25 ônibus de empresário
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo derrubou ontem na Justiça uma das
liminares obtidas pelas viações de
ônibus de Romero Niquini, que
permitia ao empresário a reintegração de posse de sua frota.
A decisão permitirá à SPTrans
-São Paulo Transporte, órgão
municipal que cuida do setor-
recuperar 25 dos 59 veículos fabricados em 2002 que haviam voltado ao grupo Niquini desde a última sexta-feira.
O empresário terá que devolver
os 25 veículos no prazo de 24 horas após ser notificado pela Justiça. Até ontem à noite, os advogados dele diziam não ter sido informados oficialmente. "Deve ter havido algum equívoco por parte do
juiz, mas vamos recorrer. A prefeitura está usando os ônibus sem
pagar aluguel", disse José Luiz de
Souza Filho, que defende Niquini.
O secretário municipal dos
Transportes, Carlos Zarattini,
afirmou que a SPTrans está tentando obter os demais 34 ônibus
de volta. Uma das dificuldades seria a localização das varas responsáveis pelas decisões judiciais. A
liminar derrubada havia sido
concedida pela 3ª Vara do Fórum
Regional da Vila Prudente.
Niquini, que é dono de 900 ônibus na capital paulista, responsáveis pelo transporte de quase 10%
dos 3,7 milhões de passageiros
diários do sistema, está com sua
frota sob controle da prefeitura há
mais de 40 dias.
No início de setembro, a gestão
Marta Suplicy rompeu os contratos com as empresas dele e encampou os veículos por causa de
irregularidades na prestação de
contas da arrecadação.
O empresário de ônibus começou a retomar seus veículos na última semana, dando prioridade
aos de fabricação 2002, após conseguir a reintegração de posse. Ele
recuperou os primeiros 25 na madrugada de sexta e os demais 34
na de sábado. Niquini chegou a
fazer ações de busca dos ônibus
em plena avenida Paulista.
O principal argumento do empresário é que os veículos que estão sob controle da prefeitura não
são das viações que sofreram a intervenção. Eles estariam no nome
de outras empresas de Niquini, as
quais cobravam aluguel pelo uso.
Segundo Zarattini, a falta dos 59
ônibus não prejudicou os passageiros, porque houve remanejamento da frota reserva de outras
viações de São Paulo.
O grupo Niquini é dirigido em
São Paulo por Willliam Ali
Chaim, um militante histórico do
PT, ligado ao alto escalão do partido.
(ALENCAR IZIDORO)
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