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Premiada, Luciene diz que
trabalho é, às vezes, tido
como "menos importante"
DA SUCURSAL DO RIO
Luciene Silva de Sousa, 28,
não se contentou com a formação em nível médio e, nos
últimos dez anos, conciliou
seu trabalho de professora na
educação infantil com o investimento em sua qualificação. Nesse período, formou-se em pedagogia, fez especialização em uso de tecnologias
para a educação infantil e, finalmente, concluiu mestrado
em políticas públicas com ênfase no uso da informática na
educação infantil.
Tanto esforço rendeu frutos neste ano, quando ela recebeu do Ministério da Educação o Prêmio Professores
do Brasil, que destacou 20
trabalhos de todo o país que
contribuíram para melhorar
a qualidade da educação no
país.
Luciene conta que o conhecimento adquirido na universidade foi fundamental para o
sucesso obtido pelo projeto
Figurinhas da Infância, em
que os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental
República, em Quintino (zona oeste do Rio de Janeiro),
são incentivados a colecionar
e trocar figurinhas cujos personagens retratados são as
próprias crianças.
Ela afirma, no entanto, que
o trabalho do professor de séries iniciais é, muitas vezes,
considerado menos importante do que o exercido pelos
outros profissionais da área.
"Em quase todas as escolas
que trabalhei, pude perceber
que, quanto menor a idade
dos alunos, menos valorizado
é o trabalho do professor.
Acho isso errado. O professor
da creche precisa ser tão bem
formado e valorizado quanto
um do ensino médio. Há professores leigos que são excelentes e outros com nível superior que não são tão bons, mas, em geral, o que percebi,
pela minha experiência, é que
ter uma formação melhor
ajuda muito no trabalho em
sala de aula."
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