São Paulo, segunda-feira, 22 de outubro de 2007

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Premiada, Luciene diz que trabalho é, às vezes, tido como "menos importante"

DA SUCURSAL DO RIO

Luciene Silva de Sousa, 28, não se contentou com a formação em nível médio e, nos últimos dez anos, conciliou seu trabalho de professora na educação infantil com o investimento em sua qualificação. Nesse período, formou-se em pedagogia, fez especialização em uso de tecnologias para a educação infantil e, finalmente, concluiu mestrado em políticas públicas com ênfase no uso da informática na educação infantil.
Tanto esforço rendeu frutos neste ano, quando ela recebeu do Ministério da Educação o Prêmio Professores do Brasil, que destacou 20 trabalhos de todo o país que contribuíram para melhorar a qualidade da educação no país.
Luciene conta que o conhecimento adquirido na universidade foi fundamental para o sucesso obtido pelo projeto Figurinhas da Infância, em que os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental República, em Quintino (zona oeste do Rio de Janeiro), são incentivados a colecionar e trocar figurinhas cujos personagens retratados são as próprias crianças.
Ela afirma, no entanto, que o trabalho do professor de séries iniciais é, muitas vezes, considerado menos importante do que o exercido pelos outros profissionais da área.
"Em quase todas as escolas que trabalhei, pude perceber que, quanto menor a idade dos alunos, menos valorizado é o trabalho do professor. Acho isso errado. O professor da creche precisa ser tão bem formado e valorizado quanto um do ensino médio. Há professores leigos que são excelentes e outros com nível superior que não são tão bons, mas, em geral, o que percebi, pela minha experiência, é que ter uma formação melhor ajuda muito no trabalho em sala de aula."


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