São Paulo, quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Imóvel desaba em Ipanema e cinco pessoas ficam feridas

Obra não tinha autorização, segundo a prefeitura

LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO

Um imóvel de dois andares desabou parcialmente ontem na principal rua de Ipanema (zona sul do Rio), deixando cinco pessoas feridas. No local, funcionava uma lanchonete, que fazia uma obra sem autorização, segundo a prefeitura.
Construído na década de 1920, o imóvel, que fica na esquina da avenida Visconde de Pirajá, a mais movimentada de Ipanema, com a rua Farme de Amoedo, faz parte da Apac (Área de Proteção do Patrimônio Histórico) do bairro. Por isso, precisava de aval da prefeitura para qualquer modificação, segundo o secretário municipal de Urbanismo do Rio, Augusto Ivan Pinheiro.
O desabamento aconteceu por volta das 9h. A fachada e parte do telhado vieram abaixo quando dois funcionários trabalhavam nas obras do imóvel. Segundo o Corpo de Bombeiros, eles ficaram presos nos escombros, mas foram retirados com facilidade. Três pessoas que passavam pelo local na hora foram atingidas por pedaços da construção.
Um dos feridos sofreu fratura exposta no tornozelo. Os outros tiveram ferimentos leves.
Comerciantes locais afirmaram que uma marquise do estabelecimento já havia caído há alguns meses. A causa do desabamento de ontem, segundo o coordenador técnico da Defesa Civil do Rio, Luiz André Novaes, foi uma obra interna que era realizada na lanchonete.
O secretário de Urbanismo disse que o imóvel não tinha autorização para a reforma e que a obra da fachada estava com a licença expirada. A Defesa Civil decidiu demolir o que restou da fachada.
O delegado Alan Luxardo, da 14ª Delegacia de Polícia (Leblon), afirmou que intimou os proprietários e o engenheiro responsável pela obra para saber se houve "falha ou negligência" na construção, mas eles não haviam sido encontrados até o início da noite.
O secretário de Urbanismo afirmou que os proprietários serão multados e poderão responder criminalmente. "Uma obra irregular na qual o imóvel preservado cai é passível de crime contra o patrimônio histórico da cidade. Ele [proprietário] pode ser acionado por ter destruído um bem preservado", afirmou Pinheiro.


Texto Anterior: Alagoas: Irregularidade na merenda pode fazer cidade devolver verba
Próximo Texto: Região da Paulista: Prédio do hotel Crowne Plaza é vendido para o governo federal
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.