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Imóvel desaba em Ipanema e cinco pessoas ficam feridas
Obra não tinha autorização, segundo a prefeitura
LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE,
NO RIO
Um imóvel de dois andares
desabou parcialmente ontem
na principal rua de Ipanema
(zona sul do Rio), deixando cinco pessoas feridas. No local,
funcionava uma lanchonete,
que fazia uma obra sem autorização, segundo a prefeitura.
Construído na década de
1920, o imóvel, que fica na esquina da avenida Visconde de
Pirajá, a mais movimentada de
Ipanema, com a rua Farme de
Amoedo, faz parte da Apac
(Área de Proteção do Patrimônio Histórico) do bairro. Por isso, precisava de aval da prefeitura para qualquer modificação, segundo o secretário municipal de Urbanismo do Rio,
Augusto Ivan Pinheiro.
O desabamento aconteceu
por volta das 9h. A fachada e
parte do telhado vieram abaixo
quando dois funcionários trabalhavam nas obras do imóvel.
Segundo o Corpo de Bombeiros, eles ficaram presos nos escombros, mas foram retirados
com facilidade. Três pessoas
que passavam pelo local na hora foram atingidas por pedaços
da construção.
Um dos feridos sofreu fratura exposta no tornozelo. Os outros tiveram ferimentos leves.
Comerciantes locais afirmaram que uma marquise do estabelecimento já havia caído há
alguns meses. A causa do desabamento de ontem, segundo o
coordenador técnico da Defesa
Civil do Rio, Luiz André Novaes, foi uma obra interna que
era realizada na lanchonete.
O secretário de Urbanismo
disse que o imóvel não tinha
autorização para a reforma e
que a obra da fachada estava
com a licença expirada. A Defesa Civil decidiu demolir o que
restou da fachada.
O delegado Alan Luxardo, da
14ª Delegacia de Polícia (Leblon), afirmou que intimou os
proprietários e o engenheiro
responsável pela obra para saber se houve "falha ou negligência" na construção, mas eles
não haviam sido encontrados
até o início da noite.
O secretário de Urbanismo
afirmou que os proprietários
serão multados e poderão responder criminalmente. "Uma
obra irregular na qual o imóvel
preservado cai é passível de crime contra o patrimônio histórico da cidade. Ele [proprietário] pode ser acionado por ter
destruído um bem preservado", afirmou Pinheiro.
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