São Paulo, quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

entrevista

"Poderia medir o quanto a turma melhora"

DA REPORTAGEM LOCAL

O pesquisador do Insper (ex-Ibmec SP) Eduardo Andrade afirma que o governo poderia ter escolhido outros critérios para definir quais professores receberão os reajustes.
Ele sugere que seja avaliada a evolução das turmas dos docentes. (FT)

 

FOLHA - Como vê o projeto?
EDUARDO ANDRADE -
O único ponto de que discordo é quanto ao uso da prova para definir quem receberá reajuste. Estudos mostram que um professor que sabe muito bem o conteúdo não necessariamente sabe ensinar ou identificar alunos com dificuldades. Mas concordo com a lógica de beneficiar os melhores. Usar critérios como assiduidade e tempo de permanência na mesma escola é importante.

FOLHA - Se não usar a prova, quais as alternativas?
ANDRADE -
A Secretaria da Educação poderia medir o quanto a turma daquele professor melhora de um ano para o outro. Já há exames, como o Saresp (do próprio Estado), que avaliam os alunos. Com base nele, é pago um bônus para todos os servidores das escolas que melhoraram.
Seria preciso só aperfeiçoar um pouco os instrumentos, porque é importante saber qual professor está fazendo um bom trabalho. Um mau professor não pode ser beneficiado pelo trabalho do restante.


Texto Anterior: Entrevista: "Melhores poderiam ser referência"
Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: "Se vós não sereis minha, vós não sereis..."
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.