São Paulo, sábado, 22 de outubro de 2011

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JÚRI DE TAUBATÉ

Médicos condenados não terão registros cassados, diz Cremesp

ELIANE TRINDADE
DE SÃO PAULO

Um dia após receber a sentença de 17 anos e seis meses de prisão, o urologista Rui Noronha Sacramento retornou ao seu consultório em Taubaté (140 km de SP).
Condenado por homicídio pela retirada dos rins de quatro pacientes sem a devida comprovação de morte encefálica em 1986, ele atendeu ontem alguns pacientes, entre eles dois colegas médicos.
"Estou tentando voltar à vida normal", disse o médico.
Sacramento e os outros dois médicos também julgados e condenados no caso, o nefrologista Pedro Henrique Torrecillas e o neurocirurgião Mariano Fiore Júnior, vão poder continuar exercendo a medicina normalmente.
Advogados dos médicos vão recorrer da decisão.
A condenação na esfera criminal não repercute nos processos nos conselhos de ética médica.
"O caso já transitou em julgado. Eles continuam sendo médicos e podem exercer a medicina até mesmo na prisão", diz Renato Azevedo Júnior, presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).
Em 1988, o trio foi punido com uma censura pública pelo Cremesp, pena mais branda em comparação à suspensão e à cassação do diploma.
Os médicos recorreram e foram absolvidos pelo Conselho Federal de Medicina, em 2003. "A condenação na esfera criminal não gera nenhum efeito no exercício da profissão", reconhece o promotor Márcio Augusto Friggi de Carvalho.


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