ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, receberá em audiência, na próxima quarta-feira, Ari Friedenbach, pai da estudante Liana, 16, que foi assassinada, segundo a polícia, por um adolescente de 16 anos.
Os dois vão tratar da polêmica gerada em torno da maioridade penal, cuja referência prevista na legislação é 18 anos completos. Também participarão da audiência representantes das ONGs Sou da Paz e Viva Rio.
Liana acampava com o namorado, Felipe Caffé, em um sítio em Embu-Guaçu (Grande SP) e foi morta a facadas. Felipe, com um tiro de espingarda. O local dos crimes só foi descoberto após o pai de Liana distribuir fotos da filha, que foi reconhecida por um caseiro que trabalhava próximo à chácara para onde o casal foi levado.
O crime trouxe à tona a discussão sobre a possibilidade de reduzir a menoridade penal. O ministro é contra. Dom Aloisio Lorscheider, arcebispo de Aparecida e ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), declarou-se a favor.
"Não podemos discutir esse assunto ao calor dos acontecimentos. O combate à violência se faz com um plano, com outros tipos de providências, que estão sendo tomadas pelo governo", disse Thomaz Bastos.
O último dos cinco acusados pelos crimes, Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco, foi preso no dia 14, em Petrolina (PE).


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