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Índice serve para balizar a avaliação in loco, diz ministério
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O Ministério da Educação
afirma que não houve ilegalidade na formulação e na divulgação do IGC. Segundo técnicos
da pasta, o índice foi feito "de
acordo com a lei do Sinaes e
também com a aprovação do
CNE (Conselho Nacional de
Educação) e da Conaes (Comissão Nacional de Avaliação da
Educação Superior)".
Ainda de acordo com o MEC,
a avaliação externa das universidades já começou neste ano.
Um grupo de técnicos, entre
educadores com mestrado e
doutorado, está sendo capacitado pelo Inep para fazer a inspeção nas universidades.
De acordo com Nunzio Briguglio, assessor especial do ministério, o IGC serve para balizar a avaliação externa das universidades e, portanto, é natural que a avaliação ocorra depois da divulgação do IGC. "O
auditor, de posse do índice, faz
uma inspeção sabendo o tipo de
instituição que vai encontrar."
O IGC, por si só, não pode ser
utilizado para fechar os cursos,
afirma o MEC. "Mas, se forem
confirmados problemas na estrutura dos cursos pela inspeção, o fechamento pode ocorrer", diz Nunzio.
"Se um curso teve nota 2, ele
vai ter que ser supervisionado e
a universidade vai ter que ser
reavaliada. A autorização para a
manutenção desse curso vai ter
que ser repensada", afirma. A
instituição, diz ele, tem que explicar por que teve uma nota 2
-se tem poucos professores, se
eles não são qualificados, se as
instalações não são adequadas,
entre outros problemas.
Ainda segundo Nunzio, a
avaliação in loco das universidades deve estar concluída em
um ano. Tudo vai ser feito com
prazo para as universidades resolverem seus pontos fracos,
afirma ele. "A instituição vai ter
que dizer: "Vou melhorar", porque se não concordar em melhorar, vamos fechar [o curso]."
Ainda de acordo com o MEC,
o IGC não é provisório. "O Semesp quer a política de acabar
com o termômetro ao invés de
acabar com a febre", diz. Quanto às críticas de falta de consistência metodológica no índice,
o MEC afirma que isso é uma
opinião do Semesp e que o
Inep, formulador do índice, é
uma instituição respeitada.
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