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TAEKO NAKAYA OHARA
(1935-2009)
A preservação da arte de servir um chá
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Dona Taeko Nakaya Ohara
demorava por volta de uma
hora para servir um chá, conta o filho Roberto. O motivo
da demora era cultural.
Filha de um imigrante japonês responsável por montar no Brasil a Sakura Nakaya
Alimentos Ltda. -indústria
produtora, entre outros, de
molho de soja-, Taeko preservava tradições japonesas,
como a cerimônia do chá.
Servir a bebida, para ela,
era uma arte cheia de detalhes, que exigia técnica apurada e movimentos perfeitos. Seu conhecimento dos
antigos costumes dos antepassados fez dela referência
sobre cultura do Japão dentro da comunidade daquele
país em São Paulo.
Nascida na capital, estudou no colégio São José e no
Mackenzie e se formou em
saúde pública pela USP. Trabalhou como técnica da secretaria da Educação, onde
se aposentou. Na empresa da
família, não se envolveu.
Na década de 1960, casou-se com um advogado, também descendente de imigrantes e hoje membro da
Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, cuja finalidade é
"promover e divulgar a cultura japonesa no Brasil e a
brasileira no Japão".
Viajar era uma das atividades preferidas dela, em especial para a terra dos pais.
Morreu na quinta, aos 74,
em decorrência de um câncer de fígado. Teve dois filhos
e três netos. A missa de sétimo dia será hoje, às 19h30, na
paróquia São Francisco de
Assis, Vila Clementino, SP.
coluna.obituario@uol.com.br
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