São Paulo, quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

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FOCO

Onça parda atropelada ganha chip e colar antes de ser solta

MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS

Anhanguera deve ter pouco mais de dois anos. Apesar de nova, ganhou um rádio-colar e um microchip. Foi a condição imposta para voltar à natureza o mais rápido possível. Com os "presentes", poderá ser monitorada, até na floresta.
Anhanguera é uma onça parda (suçuarana), que foi atropelada em 2009, na rodovia do mesmo nome. Antes de ser solta, passará cerca de um mês dentro de uma floresta cercada para se readaptar e reaprender a caçar.
O microchip introduzido na pele e o rádio-colar são localizadores do animal para quando estiver solto.
A onça é um macho, pesa cerca de 60 kg e tem um metro e meio. Um ano atrás tinha cerca de 90 cm.
Anhanguera foi resgatada em setembro do ano passado, após ser atropelada na rodovia, em Louveira.

AMIGOS DA ONÇA
A captura de Anhanguera na pista não foi fácil. Envolveu a concessionária da rodovia, AutoBAn, Corpo de Bombeiros, Associação Mata Ciliar, Polícia Ambiental e Defesa Civil. A estrada teve de ser interditada para que ela fosse resgatada.
Na época, ela foi levada para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres da ONG Mata Ciliar, em Jundiaí (58 km de SP), onde passou por recuperação e atendimento veterinário.
Mas a onça Anhanguera não é um caso único. Segundo a AutoBAn, 12 animais silvestres foram capturados nas rodovias Anhanguera e Bandeirantes nas regiões de Campinas e Jundiaí do ano passado até hoje.
Biólogos e ambientalistas atribuem o aparecimento de animais silvestres em rodovias ao crescimento desordenado nas cidades.
A onça que será devolvida à natureza está entre as espécies ameaçadas de extinção.


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