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Vítima não usava sempre o ônibus
da Reportagem Local
O doceiro Marcos Roberto Correia, 25, que morreu no acidente
na avenida dos Autonomistas, em
Osasco, não costumava pegar com
frequência o ônibus da Viação Himalaia, atingido pela torre do hipermercado Carrefour.
Morador do bairro Parque Santa
Teresa, em Jandira (32 km a oeste
de São Paulo), Correia trabalhava
na loja da confeitaria Brunella do
Jaguaré (zona noroeste de São
Paulo) e costumava pegar o trem
metropolitano ou outro ônibus,
da Viação Benfica, para voltar para casa.
"Muitas vezes, ele descia no
centro de Jandira e seguia a pé para economizar, pois o ônibus não
passava no nosso bairro", disse a
mãe do rapaz, a conferente Maria
Rosalva Ferreira, 42. Além do doceiro, ela tem mais cinco filhos.
Segundo Rosalva, o filho morto
era o mais esforçado de todos e
ajudou, com o salário de R$ 400, a
erguer a casa de cinco cômodos
onde vive a família hoje.
"Ele deixava de comprar roupas
e calçados para ajudar a construir
a casa", disse a mãe.
Correia morreu no hospital Cruzeiro do Sul, onde toda a sua família aguardava por notícias. No
mesmo hospital estava internado
na UTI, em estado de coma, Elias
José Ferreira, que sofreu traumatismo craniano no acidente.
Segundo o hospital, o estado dele é gravíssimo. Outras 13 pessoas
que sofreram ferimentos variados
foram atendidas no mesmo hospital e liberadas.
(MARCELO OLIVEIRA)
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