São Paulo, sábado, 23 de janeiro de 1999

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Vítima não usava sempre o ônibus

da Reportagem Local

O doceiro Marcos Roberto Correia, 25, que morreu no acidente na avenida dos Autonomistas, em Osasco, não costumava pegar com frequência o ônibus da Viação Himalaia, atingido pela torre do hipermercado Carrefour.
Morador do bairro Parque Santa Teresa, em Jandira (32 km a oeste de São Paulo), Correia trabalhava na loja da confeitaria Brunella do Jaguaré (zona noroeste de São Paulo) e costumava pegar o trem metropolitano ou outro ônibus, da Viação Benfica, para voltar para casa.
"Muitas vezes, ele descia no centro de Jandira e seguia a pé para economizar, pois o ônibus não passava no nosso bairro", disse a mãe do rapaz, a conferente Maria Rosalva Ferreira, 42. Além do doceiro, ela tem mais cinco filhos.
Segundo Rosalva, o filho morto era o mais esforçado de todos e ajudou, com o salário de R$ 400, a erguer a casa de cinco cômodos onde vive a família hoje.
"Ele deixava de comprar roupas e calçados para ajudar a construir a casa", disse a mãe.
Correia morreu no hospital Cruzeiro do Sul, onde toda a sua família aguardava por notícias. No mesmo hospital estava internado na UTI, em estado de coma, Elias José Ferreira, que sofreu traumatismo craniano no acidente.
Segundo o hospital, o estado dele é gravíssimo. Outras 13 pessoas que sofreram ferimentos variados foram atendidas no mesmo hospital e liberadas.
(MARCELO OLIVEIRA)


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