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SAÚDE
Até 8.000 telefonemas deixam de ser atendidos em uma hora, afirma secretário; SP pode contratar telemarketing
Disque-dengue não dá conta de ligações
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Eduardo Jorge,
afirmou ontem que o serviço disque-dengue da prefeitura não
consegue dar conta de todas as solicitações feitas.
Além do problema do congestionamento das linhas telefônicas,
o secretário aguarda o reforço de
200 soldados do Exército para
atender aos pedidos de visita solicitados pela população.
Em janeiro, o serviço recebeu
cerca de cem ligações diárias. Hoje são aproximadamente mil.
Mas, de acordo com Jorge, um
cálculo feito pela Telefônica indica que, em cada uma hora, 8.000
ligações deixam de ser atendidas.
A prefeitura estuda contratar
emergencialmente um serviço de
telemarketing.
"Estamos tentando ligar há
mais de uma hora para o serviço e
só dá ocupado. Encontramos no
meu apartamento um mosquito
que parece o da dengue. Minha
empregada está apavorada", afirmou um morador de Higienópolis, zona oeste, ontem à tarde, em
telefonema para a reportagem.
Segundo Jorge, há muitas ligações de outros municípios e consultas que poderiam ser resolvidas com uma conversa com o vizinho. Ele afirmou que quem encontrar um foco do mosquito não
precisa chamar a prefeitura. Basta
eliminar a água e lavar o recipiente com bucha.
Hoje, durante o dia "D" de combate à dengue, as 1.142 escolas e
creches da prefeitura estarão
abertas das 10h às 12h para prestar
orientação gratuita. Haverá ainda
ações de limpeza executadas pelas
administrações regionais.
É possível obter informações
das atividades e telefones dos distritos de saúde, que também podem ser alertados sobre eventuais
focos do Aedes aegypti, no site da
Prefeitura de São Paulo
(www.prefeitura.sp.gov.br).
O mesmo vale para as administrações regionais, que têm comunicação com a Secretaria Municipal da Saúde.
Segundo o secretário, será possível hoje comprar tampas para
caixas-d'água na zona norte da cidade com preço de custo. A prefeitura fez acordo com uma empresa fabricante. Em supermercados da região, a prefeitura distribui areia para colocar nos pratinhos de vasos. O local é o que concentra a maior parte dos focos do
mosquito. Apesar de a cidade ter
focos em 69 de seus 96 distritos,
registrou até ontem somente dez
casos da doença contraídos no
município -nove na zona norte
e apenas um na região central.
Teoricamente, só ocorreu transmissão da doença nesses locais.
A distribuição dos casos é a seguinte: seis na Vila Medeiros, dois
no Mandaqui e um na Vila Guilherme. O caso no centro ocorreu
no Pari. Há ainda 284 casos importados.
(FL)
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