São Paulo, sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

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Horário de verão acaba às 24h de amanhã

Relógios devem ser atrasados em uma hora no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste; economia de energia no Sudeste foi de 4%

Redução no consumo desta vez foi um pouco menor do que na edição anterior, por causa do verão mais chuvoso e menos quente

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O horário de verão termina à meia-noite de amanhã, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ao fim, a edição 2006/2007 da medida terá durado 112 dias.
De acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a redução da demanda por energia ficou em 4% no Sudeste e Centro-Oeste e 4,5% no Sul. A demanda é a maior quantidade de energia consumida em um determinado momento, geralmente no horário de pico (entre 17h e 22h).
Os resultados ficaram de acordo com a projeção do governo. A redução de demanda no Sudeste e no Centro-Oeste foi de aproximadamente 1.500 MW (megawatts), o equivalente às demandas de Brasília e Belo Horizonte somadas.
"O resultado foi um pouco pior do que o horário de verão passado porque este verão foi mais chuvoso e fez menos calor", explicou Hermes Chipp, presidente do ONS. Na edição 2005/2006, a redução média foi de aproximadamente 5%.
Segundo ele, quando não chove e faz mais calor o consumidor residencial sai do trabalho, aproveita a luminosidade natural e fica na rua.
Chegando mais tarde em casa, demora mais a ligar aparelhos que consomem muita energia, como ar-condicionado. Desta vez, com as chuvas, esse comportamento não ocorreu com a freqüência esperada.
Mesmo com um resultado inferior ao da edição anterior, o ONS continua recomendando a adoção da medida. Como o consumidor residencial chega mais tarde em casa, o consumo no horário de ponta fica mais diluído, o que reduz a possibilidade de eventos como blecautes.
Ao minimizar o risco, o horário de verão, diz o governo, evita que investimentos em mais usinas termelétricas (usadas para dar garantias ao sistema) sejam feitos. Caso fossem necessários, teriam os custos repassados para o consumidor no valor cobrado na tarifa.
A medida é adotada nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste porque essas áreas do país estão mais longe da linha do Equador. Quanto maior a distância, maior a diferença na duração entre os períodos de dia e noite nas estações do ano.


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