|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Estudante estava bêbado ao atropelar frentista, diz laudo
Jovem será indiciado sob acusação de tentativa de homicídio; seis frascos encontrados no carro eram de lança-perfume
Vítima teve traumatismo craniano, queimaduras e fraturas; depois de 4 dias respirando por aparelhos, está consciente e passa bem
JUCIMARA DE PAUDA
DA FOLHA RIBEIRÃO
Laudo divulgado ontem pela
Polícia Civil aponta que o estudante de direito Caio Meneghetti Fleury Lombardi, 19, estava embriagado no momento
em que atropelou o frentista
Carlos Pereira Silva, 37, em um
posto de combustíveis na avenida Independência, em Ribeirão Preto, há duas semanas.
O laudo é do Ceap (Centro de
Exames, Análises e Pesquisas)
do Instituto de Criminalística
de Ribeirão Preto.
No sangue do estudante havia 0,85 g de álcool em cada litro, quando o limite permitido
é até 0,60 g (cerca de duas latinhas de cerveja), segundo o Código de Trânsito Brasileiro.
"Ele estava em um patamar
de embriaguez que lhe permitia
saber o que estava fazendo de
errado, por isso vai ser indiciado sob a acusação de tentativa
de homicídio", afirmou o delegado Luiz Geraldo Dias.
Segundo o psiquiatra Erikson Furtado, do Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto, que
coordena um estudo sobre os
efeitos do consumo do álcool
no ser humano, não existe um
consenso sobre qual seja o limite de álcool aceitável para quem
vai dirigir.
"O importante é fiscalizar o
cumprimento da lei. Do ponto
de vista fisiológico, o álcool em
doses baixas já é suficiente para
produzir alterações que podem
levar a acidentes", pondera o
psiquiatra.
O laudo também confirmou
que os seis frascos encontrados
no carro do universitário eram
de lança-perfume.
"Ainda não sabemos se ele
usou. Vamos aguardar o laudo
toxicológico", disse Dias.
No dia do acidente, Lombardi passou sobre o canteiro da
avenida, entrou com o Vectra
no posto, arrancou a bomba de
gasolina e em seguida atropelou o frentista.
Silva teve traumatismo craniano, fraturas e queimaduras.
Depois de ficar quatro dias respirando por aparelhos no HC, o
frentista está consciente e passa bem.
O delegado afirmou que vai
pedir a suspensão da carteira
de habilitação do estudante e
exigir o cumprimento do artigo
297 do Código de Trânsito Brasileiro -que determina que o
motorista custeie o tratamento
médico da vítima do acidente.
O advogado do rapaz, Eduardo de Melo Franco, disse que
não vai comentar o caso.
Texto Anterior: Santos-Guarujá: Dersa estuda construção de túnel subaquático Próximo Texto: Líbano: Brasileiro suspeito de adulterar passaporte libanês é solto Índice
|