São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

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POLÍCIA

Promotoria apura escolta para filha e ex de secretário-adjunto

DA REPORTAGEM LOCAL

O promotor Sérgio Turra Sobrane, da Promotoria da Cidadania da Capital, abriu ontem procedimento para apurar o uso dos serviços de escolta de nove policiais militares paulistas para a segurança da filha e da ex-mulher do secretário-adjunto da Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto.
Conforme revelou a Folha ontem, durante 23 dias consecutivos (de 19 de janeiro a 10 de fevereiro), a escolta pessoal da ex-mulher e da filha de seis anos de Malheiros Neto foi feita por nove PMs.
Mãe e filha passaram férias no Guarujá e ficaram no apartamento da ex-sogra do secretário-adjunto. Os PMs, em esquema de revezamento, ficaram num hotel a seis quilômetros do edifício. Notas fiscais emitidas em nome da secretaria comprovam a estada dos PMs no hotel. Eles também usaram uma Blazer descaracterizada da polícia para o trabalho.
A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa irá ouvir os PMs.
Há dois dias, a reportagem solicita entrevista com Malheiros Neto e com o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, mas eles não se pronunciaram.
Na quinta-feira, por meio de nota oficial, Marzagão justificou a escolta dizendo que "havia uma situação de risco no Guarujá".
Caso a Promotoria constate a prática de improbidade administrativa por parte de Malheiros Neto, ele poderá ter que devolver o dinheiro gasto com a escolta. (ANDRÉ CARAMANTE)

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