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POLÍCIA
Promotoria apura escolta para filha e ex de secretário-adjunto
DA REPORTAGEM LOCAL
O promotor Sérgio Turra
Sobrane, da Promotoria da
Cidadania da Capital, abriu
ontem procedimento para
apurar o uso dos serviços de
escolta de nove policiais militares paulistas para a segurança da filha e da ex-mulher
do secretário-adjunto da Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto.
Conforme revelou a Folha
ontem, durante 23 dias consecutivos (de 19 de janeiro a
10 de fevereiro), a escolta
pessoal da ex-mulher e da filha de seis anos de Malheiros
Neto foi feita por nove PMs.
Mãe e filha passaram férias no Guarujá e ficaram no
apartamento da ex-sogra do
secretário-adjunto. Os PMs,
em esquema de revezamento, ficaram num hotel a seis
quilômetros do edifício. Notas fiscais emitidas em nome
da secretaria comprovam a
estada dos PMs no hotel.
Eles também usaram uma
Blazer descaracterizada da
polícia para o trabalho.
A Comissão de Segurança
Pública da Assembléia Legislativa irá ouvir os PMs.
Há dois dias, a reportagem
solicita entrevista com Malheiros Neto e com o secretário da Segurança Pública,
Ronaldo Marzagão, mas eles
não se pronunciaram.
Na quinta-feira, por meio
de nota oficial, Marzagão
justificou a escolta dizendo
que "havia uma situação de
risco no Guarujá".
Caso a Promotoria constate a prática de improbidade
administrativa por parte de
Malheiros Neto, ele poderá
ter que devolver o dinheiro
gasto com a escolta.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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