São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008

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Para acusado, serviço é apenas "quebra de contrato", e não "fraude ou roubo"

DA SUCURSAL DO RIO

O técnico em informática Bruno de Assumpção, 25, preso há um mês e que responde em liberdade a processo por vender o "gato velox", disse que a distribuição de conexão de internet é uma "quebra de contrato", e não "fraude ou roubo".
Delegados assumem que a prática é de difícil tipificação, mas, segundo o delegado Rodolfo Waldeck, "pode ser caracterizado como furto". Assumpção responde pela acusação de "desenvolver clandestinamente atividades de comunicações" e estelionato.
Ele afirmou que aprendeu a montar a rede em pesquisas na internet e com cursos técnicos.

 

FOLHA - Você fez um "gato"?
BRUNO DE ASSUMPÇÃO -
Não conheço o serviço como gato, pois é pago para a Velox. Na realidade é uma quebra de contrato, não é uma fraude ou roubo. Gato é gato de energia, que não tem contrato nenhum; engata na rede de energia e liga sem pagar. Com o Velox, você paga, tem contrato, só que, geralmente, é quebra de contrato, pois nele diz que é só para consumo próprio.

FOLHA - Por que montou a lan house dessa forma?
ASSUMPÇÃO -
Estava desempregado e decidi montar uma lan house em razão da disponibilidade que eu tenho. Trabalho no ramo, com rede doméstica, sem fio. Mas fui um pouco inocente quanto ao serviço de internet. Comprei todos os equipamentos com empréstimos, mas, quando fui tentar obter o serviço de internet, soube que era impossível no meu bairro. A solução foi a rede sem fio.

FOLHA - Quanto você gastou?
ASSUMPÇÃO -
Uns R$ 12 mil.

FOLHA - Como você aprendeu a trabalhar no ramo?
ASSUMPÇÃO -
[Conexão sem fio] eu pesquisei na internet e por consultas de um técnico.


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