São Paulo, sábado, 23 de fevereiro de 2008 |
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Dez anos após tragédia, moradores do Palace 2 ainda brigam na Justiça
Sérgio Naya é acusado de burlar bloqueio de bens e vender fazenda subfaturada
LUISA BELCHIOR DA FOLHA ON LINE, NO RIO Embora ainda em débito com moradores do edifício Palace 2, no Rio,-que desabou parcialmente há exatos dez anos-, com o governo federal e instituições bancárias, o ex-deputado federal e empresário Sérgio Naya, dono da Sersan, ainda mantém atividades financeiras e burla o bloqueio de bens na Justiça, afirma a Associação de Vítimas do Palace 2. A associação contesta no STJ (Superior Tribunal de Justiça) uma suposta venda subfaturada de uma fazenda de Naya em Laranjal (MG), onde ele vive hoje. O empresário, por meio de seu advogado, não nega nem confirma a transação. O advogado das vítimas Nélio Andrade disse ter descoberto, no cartório de Laranjal, que Sérgio Naya vendera para um de seus funcionários uma fazenda por R$ 25 mil. O preço, segundo ele, era de R$ 250 mil. A Folha não conseguiu contatar os responsáveis pelo cartório até a conclusão desta edição. No processo, ainda sem data para ser julgado, é pedida a anulação da operação. Memória O desabamento do Palace 2 completa hoje dez anos. Oito pessoas morreram e 150 famílias ficaram desabrigadas. Atualmente, 15 delas ainda vivem em um hotel. Ontem, uma missa na igreja de Santa Luzia homenageou os mortos na tragédia, e um protesto foi realizado em frente ao fórum do Rio, com um bolo de dez metros e a frase: "Dez anos de sofrimento e luta à espera de Justiça". A presidente da Associação das Vítimas, Rauliete Barbosa Gomes, afirmou que o grupo começa hoje a negociar a venda do terreno do prédio, na Barra da Tijuca (zona oeste). NA INTERNET - www.folha.com.br/080534 Texto Anterior: Para acusado, serviço é apenas "quebra de contrato", e não "fraude ou roubo" Próximo Texto: Moradores do Alemão protestam por paz antes de Lula iniciar obras do PAC Índice |
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