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SAÚDE
Município enfrenta surto da doença neste ano
Campinas tem 276 casos de meningite
RAQUEL LIMA
free-lance para a Folha Campinas
A DIR-12 (Direção Regional de
Saúde) de Campinas (99 km de
São Paulo) registrou nos últimos
seis dias 49 casos de meningite viral. O número de casos subiu de
227 para 276 neste ano.
Na última segunda-feira, a DIR-12 confirmou que a região enfrenta um surto de meningite viral.
Nos três primeiros meses do
ano passado, a direção registrou
195 casos da doença. No ano passado, a região também enfrentou
um surto de meningite viral.
O número de casos de meningite viral aumentou na região no
mesmo período da campanha
contra a febre amarela. No entanto, a DIR-12 ainda descarta uma
possível ligação entre a doença e a
vacinação contra a febre amarela.
A campanha aconteceu de 5 de fevereiro a 3 deste mês.
Laudo
Laudo do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo confirmou
ontem que a morte do técnico em
eletrônica Marcos Gonçalves, 30,
em Jundiaí (60 km de SP), foi provocada por meningite bacteriana.
O CVE (Centro de Vigilância
Epidemiológica) da Secretaria de
Estado da Saúde descartou ontem
que a morte de Gonçalves tenha
sido provocada por reação adversa à vacina contra a febre amarela.
O técnico em eletrônica morreu
no dia 28 de fevereiro, dois dias
após ter recebido a vacina.
Segundo a coordenadora da
DIR-12 de Campinas, Maria Filomena Gouveia Vilela, o laudo
comprova que a vacina não provocou a morte de Gonçalves. "Ele
morreu por uma infecção causada por bactéria e a vacina é feita
com um vírus", disse.
Apesar do laudo do IML, a infectologista da FCM (Faculdade
de Ciências Médicas) da Unicamp, Raquel Silveira Bello Stucchi, disse que ainda tem dúvidas
sobre a segurança da vacina contra a febre amarela. "Não entendo
esta resistência do Ministério da
Saúde em manter a vacinação no
país", afirmou.
Anteontem, o CVE descartou
que a morte do aposentado Luís
da Silva, 74, de Americana (133
km de SP), tenha sido provocada
por reação à vacina.
Segundo análises dos exames
feitos pelo Instituto Adolfo Lutz,
em São Paulo, o aposentado morreu por infecção bacteriana generalizada. Silva havia tomado a vacina do mesmo lote que a costureira Kate Cristina de Ramos, 22,
que morreu no dia 27 de fevereiro
por reação à imunização.
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