São Paulo, terça-feira, 23 de março de 2010

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Estações Paulista e Faria Lima vão aliviar a Rebouças

DA REPORTAGEM LOCAL

Os trens vão circular de maneira automática, sem a presença de condutor na cabine. Dentro, haverá passagem livre entre os vagões. Divisórias de vidro vão separar a plataforma dos trilhos para evitar que os passageiros possam cair na via.
Quem utilizar um pedaço do novo metrô que deve ser entregue até a próxima semana, entre a Faria Lima e a Paulista, poderá conhecer uma série de novidades desse tipo, numa linha anunciada como a mais moderna da rede em São Paulo.
A linha 4 também levará nos próximos meses à redução da frota de ônibus do corredor da Rebouças -por onde passam hoje 300 coletivos por hora.
E a prefeitura também espera impactos positivos no trânsito de vias como a própria Rebouças/Eusébio Matoso, rua Teodoro Sampaio, av. Nove de Julho e marginal Pinheiros.
A previsão da concessionária Via Quatro é que a linha funcione inicialmente de forma provisória e restrita, das 9h às 15h e de segunda a sexta. Ainda não há definição sobre a cobrança de tarifa nessa fase experimental (depois, a passagem será a mesma do restante da rede).

Superlotação
A expectativa é que a linha 4 atraia 700 mil no final da primeira fase e perto de 1 milhão a partir da segunda, em 2014.
Com isso, a superlotação poderá exceder a marca de seis passageiros por m2 nos picos -parâmetro máximo no mundo- sem que a concessionária seja punida. Nos últimos anos, a linha 3-vermelha chegou a ter mais de nove pessoas por m2.
O parâmetro confortável costuma ser de até quatro por m2. O aceitável, até seis por m2.
A única exigência é que a nova linha mantenha 14 trens em operação na primeira fase.
A Via Quatro nega que vá ocorrer superlotação sob a justificativa de que a frota de trens "foi dimensionada de forma a atender a demanda projetada".
Segundo a concessionária, 5 dos 14 trens previstos estão no pátio da Vila Sônia (foram importados da Coreia do Sul). A linha 4 será a primeira da rede em São Paulo gerenciada pela iniciativa privada -que obteve a concessão do sistema por três décadas. (AI)


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