São Paulo, quarta-feira, 23 de março de 2011

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Suspeitos de tramar morte de delegado são presos

Alvo seria policial que atuava no Deic

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Dois suspeitos de integrar a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) foram presos na sexta-feira de Carnaval, dia 4, sob suspeita de armar uma emboscada para matar um policial civil do 69º Distrito Policial (Teotônio Vilela), na zona leste de São Paulo.
As prisões ocorreram a poucos metros da delegacia chefiada pelo delegado Ruy Ferraz Fontes que, durante os anos em que trabalhou no Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), foi considerado um dos principais responsáveis pelas investigações contra a facção criminosa PCC.
A suspeita é a de que o delegado era o principal alvo do pedreiro Francisco Aurillo da Silva de Melo, 45, do motoboy Reinaldo Lima Alves Gomes, 35, presos pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).
Os PMs da Rota dizem ter encontrado com Gomes uma pistola. Ele estava em um Fiat Palio com o acusado Melo, que, ainda na versão dos PMs, confirmou estar perto da delegacia para matar um policial civil cujo nome ele não quis revelar.
Melo disse que tinha uma arma em sua casa e os PMs foram até o bairro Parada de Taipas (zona norte), onde foi apreendido um fuzil.
Armindo Cesar de Souza Gonçalves, advogado do acusado Gomes, disse que seu cliente só havia ido até a região da delegacia para ajudar o amigo a tratar de assuntos de sua empresa. Ele também nega que Gomes seja integrante do PCC.
A advogada de Melo, Renata Luiza da Silva, não foi localizada ontem.
Por ordem do secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, Fontes foi transferido do Deic em 2009.
Fontes disse semana passada, por meio da assessoria de imprensa da Delegacia Geral da Polícia Civil, que não falará sobre o caso.
Em janeiro de 2010, Fontes disse que pediu para sair do Deic. Foi trabalhar no 69º DP, numa região para onde quase ninguém quer ir: distante do centro, com pouca estrutura e muito violenta.


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